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Morte de montaria deixa Pessoa mais longe do Pan
Oasis era principal aposta de ginete brasileiro para suceder Baloubet du Rouet
Causa do óbito do cavalo, que estava com 11 anos e foi utilizada pelo cavaleiro na Copa do Mundo, no mês passado, é desconhecida
FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO
A morte súbita de seu principal cavalo deixou Rodrigo Pessoa ainda mais longe do Pan-Americano do Rio. Oasis, 11,
morreu anteontem em Bruxelas, no haras da família Pessoa.
A causa é desconhecida.
Ele era a principal aposta de
Pessoa para suceder Baloubet
du Rouet, com o qual o ginete
conquistou o ouro olímpico em
Atenas-2004. O garanhão de 17
anos está prestes a se aposentar. No hipismo, a vida útil do
cavalo é estimada em 20 anos.
Oasis passou mal na manhã
de quinta-feira. O estado de
saúde piorou, e o cavalo não resistiu, morrendo às 21h (de
Brasília) de anteontem.
Será feita autópsia em laboratórios europeus para determinar a causa do óbito.
Pessoa competiu com a montaria, um castanho, na prova de
caça da Copa do Mundo, em
Las Vegas (EUA), no mês passado. O conjunto terminou na
37ª posição entre 43 participantes. Na Copa, o cavaleiro
ainda montou Coeur, tordilho
de 11 anos, mas foi eliminado
antes do GP final.
Pessoa foi tricampeão da Copa do Mundo em 1998, 1999 e
2000, com Baloubet du Rouet.
"Estou extremamente triste
com a perda de um dos melhores cavalos que tive em minha
carreira. Ele era conhecido por
ser um cavalo pequeno, mas
sua coragem e sua qualidade
superavam tudo", afirmou Pessoa, em nota divulgada ontem.
O ginete cancelou sua participação no concurso de Wiesbaden (ALE), a partir de hoje.
Segundo sua assessoria, ele
pretende viajar na próxima semana para os EUA.
Agora sem seu principal cavalo, o campeão olímpico tem a
participação no Pan ainda mais
incerta. Por divergências com a
CBH (Confederação Brasileira
de Hipismo), Pessoa mantém
aberta sua presença no evento
carioca, que será em julho.
Se resolver competir nos Jogos do Rio, Pessoa deverá montar Rufus, castanho de nove
anos que o cavaleiro considera
ainda "muito novo".
Ele discorda dos critérios de
formação da equipe nacional.
Quando assumiu a CBH, em
fevereiro, o presidente Maurício Manfredi excluiu as seletivas da Europa, desagradando a
Pessoa e a outros cavaleiros
que moram no continente.
Agora, valem dois concursos
no Brasil: o primeiro terminou
na segunda-feira, em São Paulo, tendo Vitor Alves Teixeira
como vencedor. O último será
disputado a partir da próxima
quinta-feira, no Rio.
Pela regra, Pessoa e Bernardo Alves teriam vaga garantida
no Pan por serem os melhores
brasileiros no ranking mundial.
Na seletiva, estariam em jogo
três postos no time nacional
(dois titulares e um reserva).
Com a indefinição de Pessoa,
o qualificatório poderá valer
quatro vagas, desde que os cavaleiros não atinjam a nota de
corte de 28 pontos perdidos
nos dois concursos, em São
Paulo e no Rio de Janeiro. Caso
superem a marca (somente
Teixeira caminha para ficar
abaixo dela), a CBH completará
o time baseada na observação
do desempenho dos cavaleiros.
A entidade já admite avaliar
"europeus" como Alvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda,
Pedro Veniss e Cássio Rivetti,
dissidentes -assim como Pessoa- que não participam das
seletivas em solo brasileiro,
mas, agora, têm chance de integrar a equipe no Pan.
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