São Paulo, sábado, 26 de maio de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Morte de montaria deixa Pessoa mais longe do Pan

Oasis era principal aposta de ginete brasileiro para suceder Baloubet du Rouet

Causa do óbito do cavalo, que estava com 11 anos e foi utilizada pelo cavaleiro na Copa do Mundo, no mês passado, é desconhecida


FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO

A morte súbita de seu principal cavalo deixou Rodrigo Pessoa ainda mais longe do Pan-Americano do Rio. Oasis, 11, morreu anteontem em Bruxelas, no haras da família Pessoa. A causa é desconhecida.
Ele era a principal aposta de Pessoa para suceder Baloubet du Rouet, com o qual o ginete conquistou o ouro olímpico em Atenas-2004. O garanhão de 17 anos está prestes a se aposentar. No hipismo, a vida útil do cavalo é estimada em 20 anos.
Oasis passou mal na manhã de quinta-feira. O estado de saúde piorou, e o cavalo não resistiu, morrendo às 21h (de Brasília) de anteontem.
Será feita autópsia em laboratórios europeus para determinar a causa do óbito.
Pessoa competiu com a montaria, um castanho, na prova de caça da Copa do Mundo, em Las Vegas (EUA), no mês passado. O conjunto terminou na 37ª posição entre 43 participantes. Na Copa, o cavaleiro ainda montou Coeur, tordilho de 11 anos, mas foi eliminado antes do GP final.
Pessoa foi tricampeão da Copa do Mundo em 1998, 1999 e 2000, com Baloubet du Rouet.
"Estou extremamente triste com a perda de um dos melhores cavalos que tive em minha carreira. Ele era conhecido por ser um cavalo pequeno, mas sua coragem e sua qualidade superavam tudo", afirmou Pessoa, em nota divulgada ontem.
O ginete cancelou sua participação no concurso de Wiesbaden (ALE), a partir de hoje. Segundo sua assessoria, ele pretende viajar na próxima semana para os EUA.
Agora sem seu principal cavalo, o campeão olímpico tem a participação no Pan ainda mais incerta. Por divergências com a CBH (Confederação Brasileira de Hipismo), Pessoa mantém aberta sua presença no evento carioca, que será em julho.
Se resolver competir nos Jogos do Rio, Pessoa deverá montar Rufus, castanho de nove anos que o cavaleiro considera ainda "muito novo".
Ele discorda dos critérios de formação da equipe nacional.
Quando assumiu a CBH, em fevereiro, o presidente Maurício Manfredi excluiu as seletivas da Europa, desagradando a Pessoa e a outros cavaleiros que moram no continente.
Agora, valem dois concursos no Brasil: o primeiro terminou na segunda-feira, em São Paulo, tendo Vitor Alves Teixeira como vencedor. O último será disputado a partir da próxima quinta-feira, no Rio.
Pela regra, Pessoa e Bernardo Alves teriam vaga garantida no Pan por serem os melhores brasileiros no ranking mundial.
Na seletiva, estariam em jogo três postos no time nacional (dois titulares e um reserva).
Com a indefinição de Pessoa, o qualificatório poderá valer quatro vagas, desde que os cavaleiros não atinjam a nota de corte de 28 pontos perdidos nos dois concursos, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Caso superem a marca (somente Teixeira caminha para ficar abaixo dela), a CBH completará o time baseada na observação do desempenho dos cavaleiros.
A entidade já admite avaliar "europeus" como Alvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, Pedro Veniss e Cássio Rivetti, dissidentes -assim como Pessoa- que não participam das seletivas em solo brasileiro, mas, agora, têm chance de integrar a equipe no Pan.










Texto Anterior: Espanha: Real e Barcelona lutam pela ponta
Próximo Texto: Problema 1: Rio depara-se com surto de rubéola
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.