São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 2008

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Empate em casa expõe fragilidade do São Paulo

Time sai atrás e iguala o marcador, mas erros de finalização impedem 1ª vitória

São Paulo 1
Coritiba 1

RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro teste após a eliminação na Libertadores, o São Paulo demonstrou ter acusado o golpe recebido no meio da semana. O empate com o Coritiba expôs fragilidades da equipe, principalmente da defesa, e deu seu mísero segundo ponto no Brasileiro, em três partidas. Na 17º posição, o atual campeão está na zona de rebaixamento.
"Corremos para caramba na quarta-feira, e o Coritiba descansou. O Edson Bastos fez boas defesas e evitou a derrota", disse o zagueiro Alex Silva. Não fosse um carrinho dado pelo defensor no final do jogo, que evitou finalização de Rubens Cardoso, e os 5.084 são-paulinos que foram ao Morumbi teriam visto a segunda derrota do time no Nacional.
Se foi providencial a intervenção de Alex Silva no final da partida, no início dela toda a defesa falhou, e o jogador do Coritiba, marcou. Aos 15min, o meia Michael, ex-Guaratinguetá, chamou a marcação de três defensores e rolou a bola por baixo das pernas de Richarlyson. Rubens Cardoso, no meio da área, só empurrou: 1 a 0.
No intervalo, o goleiro são-paulino ainda tentava entender o lance: "A gente está jogando melhor, mas tomamos o gol. Eram três jogadores na bola, não sei por onde ela passou."
Após o gol, o time paulista, principalmente pelo lado direito, buscou o empate, que veio pela esquerda. Aos 26min, Jorge Wagner cruzou, Edson Bastos espalmou no pé de Aloísio e a bola sobrou para Borges, no meio da área, completar.
O último gol do atacante havia sido em 6 de abril, contra o Juventus, pelo Paulista. Desde então, o São Paulo jogou 11 vezes, mas por opção de Muricy, o atacante não atuou na maioria.
Indagado no intervalo se deveria ser titular, desconversou. "Estou no São Paulo há um ano e meio, não sou eu quem decide. Só tenho que trabalhar."
A falta de Adriano -dispensado pela diretoria para resolver problemas pessoais- foi sentida, mas o ataque se portou bem e merecia até melhor sorte. Borges voltou a balançar as redes. E Aloísio, sem a mesma classe e eficiência de Adriano, é verdade, cabeceou e chutou de fora da área com perigo, e até derrubou zagueiros à força -especialidade de Adriano.
O problema do São Paulo foi, como já é de praxe, a ausência de um armador. No primeiro tempo, as melhores oportunidades foram do Coritiba, no contra-ataque, embora a posse de bola fosse do time da casa, que podia ido para o intervalo na frente, não fosse a bola de Joílson explodir na trave.
Contente com o empate, o técnico Dorival Júnior sacou Michael no intervalo para colocar Guaru, reforçando a marcação e recuando a equipe.
O segundo tempo teve domínio são-paulino, mas os erros de finalização e a falta de sorte impediram a primeira vitória do time no Nacional.
Após a eliminação da Libertadores, Muricy disse que só uma vitória apagaria o revés. A próxima oportunidade é domingo, na Vila, contra o Santos.


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