|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Empate em casa expõe fragilidade do São Paulo
Time sai atrás e iguala o marcador, mas erros de finalização impedem 1ª vitória
São Paulo 1
Coritiba 1
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL
No primeiro teste após a eliminação na Libertadores, o São
Paulo demonstrou ter acusado
o golpe recebido no meio da semana. O empate com o Coritiba
expôs fragilidades da equipe,
principalmente da defesa, e deu
seu mísero segundo ponto no
Brasileiro, em três partidas. Na
17º posição, o atual campeão
está na zona de rebaixamento.
"Corremos para caramba na
quarta-feira, e o Coritiba descansou. O Edson Bastos fez
boas defesas e evitou a derrota", disse o zagueiro Alex Silva.
Não fosse um carrinho dado
pelo defensor no final do jogo,
que evitou finalização de Rubens Cardoso, e os 5.084 são-paulinos que foram ao Morumbi teriam visto a segunda derrota do time no Nacional.
Se foi providencial a intervenção de Alex Silva no final da
partida, no início dela toda a
defesa falhou, e o jogador do
Coritiba, marcou. Aos 15min, o
meia Michael, ex-Guaratinguetá, chamou a marcação de três
defensores e rolou a bola por
baixo das pernas de Richarlyson. Rubens Cardoso, no meio
da área, só empurrou: 1 a 0.
No intervalo, o goleiro são-paulino ainda tentava entender
o lance: "A gente está jogando
melhor, mas tomamos o gol.
Eram três jogadores na bola,
não sei por onde ela passou."
Após o gol, o time paulista,
principalmente pelo lado direito, buscou o empate, que veio
pela esquerda. Aos 26min, Jorge Wagner cruzou, Edson Bastos espalmou no pé de Aloísio e
a bola sobrou para Borges, no
meio da área, completar.
O último gol do atacante havia sido em 6 de abril, contra o
Juventus, pelo Paulista. Desde
então, o São Paulo jogou 11 vezes, mas por opção de Muricy, o
atacante não atuou na maioria.
Indagado no intervalo se deveria ser titular, desconversou.
"Estou no São Paulo há um ano
e meio, não sou eu quem decide. Só tenho que trabalhar."
A falta de Adriano -dispensado pela diretoria para resolver problemas pessoais- foi
sentida, mas o ataque se portou
bem e merecia até melhor sorte. Borges voltou a balançar as
redes. E Aloísio, sem a mesma
classe e eficiência de Adriano, é
verdade, cabeceou e chutou de
fora da área com perigo, e até
derrubou zagueiros à força
-especialidade de Adriano.
O problema do São Paulo foi,
como já é de praxe, a ausência
de um armador. No primeiro
tempo, as melhores oportunidades foram do Coritiba, no
contra-ataque, embora a posse
de bola fosse do time da casa,
que podia ido para o intervalo
na frente, não fosse a bola de
Joílson explodir na trave.
Contente com o empate, o
técnico Dorival Júnior sacou
Michael no intervalo para colocar Guaru, reforçando a marcação e recuando a equipe.
O segundo tempo teve domínio são-paulino, mas os erros
de finalização e a falta de sorte
impediram a primeira vitória
do time no Nacional.
Após a eliminação da Libertadores, Muricy disse que só
uma vitória apagaria o revés. A
próxima oportunidade é domingo, na Vila, contra o Santos.
Texto Anterior: Basquete: Brasil pega Argentina no sul-americano Próximo Texto: Frase Índice
|