São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2010

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Ônibus supera o carro no trânsito de Johannesburgo

Novos corredores, testados pela Folha, são opção mais rápida para torcedores chegarem aos jogos do Brasil

FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO

Torcedores aflitos com o confuso e travado trânsito de Johannesburgo farão bem em memorizar duas palavras no idioma soto: "Rea Vaya". Estamos nos movendo.
É esse o nome do novo sistema de corredores de ônibus implantado na cidade e a melhor opção para ir aos dois estádios locais da Copa, o Ellis Park e o Soccer City, segundo teste feito pela reportagem.
Na primeira arena, o Brasil estreia contra a Coreia do Norte, em 15 de junho, e, na segunda, pega a Costa do Marfim, cinco dias depois.
Durante três dias, sempre no mesmo horário -o rush matinal-, os 13,9 km entre os estádios foram percorridos pela reportagem de Rea Vaya, de lotação e de carro.
O sistema de ônibus tem falhas, como ter rotas restritas e um irritante intervalo de até 20 minutos entre um carro e outro. Mas os veículos novos, as estações modernas (inspiradas nas de Curitiba, no Paraná) e o fato de não pegar trânsito deixam o sistema como a melhor alternativa.
No caminho do Ellis Park ao Soccer City, foram 36 minutos, percorridos sentado.
Na volta, com o ônibus mais cheio, foi preciso cumprir parte do trajeto em pé, mas sem aperto. Uma mesma linha liga os dois estádios, cortando o Centro e chegando até a entrada de Soweto.
Na semana passada, o ponto de ônibus em frente ao Soccer City estava sendo finalizado, mas deve estar pronto até 11 de junho.
Se há um inconveniente inexplicável, é o fato de as estações serem "vazadas", deixando o passageiro -e a torcida- sujeito ao frio do rigoroso inverno sul-africano.
A passagem custa 6 rands, ou R$ 1,50. Para cadeirantes, há rampas especiais e lugares marcados. Se o torcedor for usar o ônibus à noite, não convém parar nas estações do centro da cidade, área de altos índices de violência.
Carros, apesar da privacidade, têm as desvantagens de terem de encarar o trânsito caótico e a dificuldade de estacionar perto das arenas. E os táxis são caros e nem sempre fáceis de se achar.


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