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Total concentração
Atacante Fernandão, 32, que teve papel decisivo nas vitórias do São Paulo sobre Cruzeiro e Inter, mora desde sua chegada no CT do clube para aplacar a saudade da família, que ainda está em Goiás
EDUARDO OHATA
DE SÃO PAULO
O atacante Fernandão, 32,
em pouco tempo se encaixou
com perfeição no São Paulo.
Foi essencial na vitória sobre
o Cruzeiro, pela Libertadores, e marcou seu primeiro
gol com a camisa tricolor sobre o Inter, a primeira vitória
do clube neste Brasileiro.
Para combater a solidão,
longe da mulher e dos filhos,
que ficaram em Goiás, Fernandão optou por morar no
CT do clube até a mudança
da família para São Paulo. ""É
bom ter com quem conversar
quando estou sozinho. Me
sinto em casa", resumiu, em
entrevista à Folha.
Folha - Como está sua adaptação a São Paulo?
FERNANDÃO
- São Paulo
ainda não está muito grande
porque estou morando aqui
no CT. Fico aqui no quarto
que arrumaram para mim.
Minha família ainda está em
Goiânia. É até esse o motivo
de ficar aqui, para me sentir
um pouco mais em casa, poder conversar em um momento em que eu estou sozinho. Não posso falar muito
de São Paulo, mas minha
adaptação ao São Paulo está
maravilhosa, já conheço
muita gente aqui dentro.
Então você está em uma concentração permanente?
Sim, mas eu gosto disso.
Como estou sozinho, preferi
ficar aqui do que num flat e
ter de pegar táxi o tempo todo
para vir ao treino, voltar para
casa. Como disse, já conheço
as pessoas do São Paulo, não
só a comissão técnica e os jogadores, mas o jardineiro, o
pessoal da cozinha, o segurança, com quem estou começando a ter um pouco
mais de intimidade. Isso te
dá uma sensação de estar em
casa, de receptividade. Já estou ambientado por aqui.
Quando você trará sua família para São Paulo?
Na partida em que eu não
joguei, contra o Botafogo,
minha família veio para cá, aí
eu fiquei o final de semana
com eles no flat e na segunda-feira já voltei para o clube,
para a concentração. Estou
aqui desde então. Estou só
esperando meus filhos terminarem o colégio porque é um
momento importante, está
terminando o primeiro semestre. Pedi para dar uma
adiantada nos estudos. Já
olhei apartamento, devo receber essa semana, no máximo na outra. Minha família
vai poder vir mais vezes, mas
a mudança vai ocorrer com a
parada para a Copa.
O bom ambiente no CT se repete dentro do gramado?
Entrei em um grupo que já
está formado desde janeiro, e
a receptividade foi muito
boa. Mas é no campo que as
coisas se mostram. Quando
marquei meu gol, todo mundo veio correndo, o pessoal
que estava se aquecendo
atrás do banco veio me abraçar, o Marcelinho, que não
está jogando tanto, o Fernandinho, o Wellington, o Dênis.
Isso é que te dá prazer, saber
que você foi bem aceito pelo
grupo. O mais importante é
essa união que se formou,
não só comigo. Pode surgir
logo uma história vencedora.
O Washington está chateado?
Ele fala com você?
As pessoas vendem uma
imagem que aqui dentro não
existe. A questão dele não é
com o Fernandão. Ele já tinha reclamado antes. Pelo
contrário, tenho uma relação
superboa, sem problema.
Folha.com
Leia íntegra da entrevista
com Fernandão
folha.com/1014512
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