São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2010

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Total concentração

Atacante Fernandão, 32, que teve papel decisivo nas vitórias do São Paulo sobre Cruzeiro e Inter, mora desde sua chegada no CT do clube para aplacar a saudade da família, que ainda está em Goiás

EDUARDO OHATA
DE SÃO PAULO

O atacante Fernandão, 32, em pouco tempo se encaixou com perfeição no São Paulo.
Foi essencial na vitória sobre o Cruzeiro, pela Libertadores, e marcou seu primeiro gol com a camisa tricolor sobre o Inter, a primeira vitória do clube neste Brasileiro.
Para combater a solidão, longe da mulher e dos filhos, que ficaram em Goiás, Fernandão optou por morar no CT do clube até a mudança da família para São Paulo. ""É bom ter com quem conversar quando estou sozinho. Me sinto em casa", resumiu, em entrevista à Folha.

Folha - Como está sua adaptação a São Paulo?
FERNANDÃO
- São Paulo ainda não está muito grande porque estou morando aqui no CT. Fico aqui no quarto que arrumaram para mim. Minha família ainda está em Goiânia. É até esse o motivo de ficar aqui, para me sentir um pouco mais em casa, poder conversar em um momento em que eu estou sozinho. Não posso falar muito de São Paulo, mas minha adaptação ao São Paulo está maravilhosa, já conheço muita gente aqui dentro.

Então você está em uma concentração permanente?
Sim, mas eu gosto disso. Como estou sozinho, preferi ficar aqui do que num flat e ter de pegar táxi o tempo todo para vir ao treino, voltar para casa. Como disse, já conheço as pessoas do São Paulo, não só a comissão técnica e os jogadores, mas o jardineiro, o pessoal da cozinha, o segurança, com quem estou começando a ter um pouco mais de intimidade. Isso te dá uma sensação de estar em casa, de receptividade. Já estou ambientado por aqui.

Quando você trará sua família para São Paulo?
Na partida em que eu não joguei, contra o Botafogo, minha família veio para cá, aí eu fiquei o final de semana com eles no flat e na segunda-feira já voltei para o clube, para a concentração. Estou aqui desde então. Estou só esperando meus filhos terminarem o colégio porque é um momento importante, está terminando o primeiro semestre. Pedi para dar uma adiantada nos estudos. Já olhei apartamento, devo receber essa semana, no máximo na outra. Minha família vai poder vir mais vezes, mas a mudança vai ocorrer com a parada para a Copa.

O bom ambiente no CT se repete dentro do gramado?
Entrei em um grupo que já está formado desde janeiro, e a receptividade foi muito boa. Mas é no campo que as coisas se mostram. Quando marquei meu gol, todo mundo veio correndo, o pessoal que estava se aquecendo atrás do banco veio me abraçar, o Marcelinho, que não está jogando tanto, o Fernandinho, o Wellington, o Dênis. Isso é que te dá prazer, saber que você foi bem aceito pelo grupo. O mais importante é essa união que se formou, não só comigo. Pode surgir logo uma história vencedora.

O Washington está chateado? Ele fala com você?
As pessoas vendem uma imagem que aqui dentro não existe. A questão dele não é com o Fernandão. Ele já tinha reclamado antes. Pelo contrário, tenho uma relação superboa, sem problema.

Folha.com
Leia íntegra da entrevista com Fernandão
folha.com/1014512

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