São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Rogério testa prazo médico tricolor

SÃO PAULO
Responsável diz ser impossível prever com exatidão os períodos de recuperação


DE SÃO PAULO

Rogério, o goleiro e capitão são-paulino, torceu o tornozelo esquerdo no jogo contra o Fluminense, e é dúvida para a próxima partida. Apenas para a próxima partida.
O clube do Morumbi define amanhã se seu camisa 1 terá condições de enfrentar o Figueirense, no sábado. Se o resultado do teste for negativo, assegura que ele estará no jogo seguinte, ante Atlético-MG, em 8 de junho.
Tudo muito simples e feito com exatidão. Mas não é bem assim que a definição de prazos de recuperação funciona.
"Não somos máquinas. Cada jogador tem uma reação diferente, recupera-se em um ritmo", disse o médico do clube, José Sanchez.
O próprio histórico recente do time tricolor mostra que os prazos dados não podem ser levados tão a sério.
Se assim fosse, o atacante Luis Fabiano já estaria jogando há mais de um mês. Mas sua reestreia pelo São Paulo está longe de acontecer -foi submetido a cirurgia para raspar a fibrose no tendão próximo do joelho criada por lesão sofrida em março.
O zagueiro Bruno Uvini, que voltou a atuar no último domingo depois de três meses e meio, é outro exemplo de atraso. Quando fraturou a fíbula, pela seleção sub-20, tinha previsão de dois a três meses de recuperação.
"É extremamente complicado fazer previsões. Por isso, às vezes prefiro não falar nada", afirmou Sanchez, que admitiu ter escondido o tempo que Miranda ficaria fora (três semanas) por entorse no tornozelo esquerdo -machucou-se há 22 dias.
As previsões são-paulinas são baseadas em dados estatísticos que mostram a média de tempo de tratamento.
O médico disse ainda que não costuma liberar jogadores para atuar no sacrifício e negou que Rhodolfo e Fernandinho estivessem nesta situação na segunda partida das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Avaí.
O zagueiro contundiu a panturrilha esquerda há um mês. Inicialmente, era dúvida apenas para o jogo de três dias depois. Só voltou há duas semanas, e sentiu outra vez dores no local -retornou aos treinos ontem.
"Foram em músculos diferentes do mesmo local. Coincidências acontecem", disse.
Já sobre Fernandinho, Sanchez admitiu que as dores sentidas contra o Avaí, em 12 de maio, podem ter ligação com a fratura na fíbula da perna direita, que o deixou um mês e meio parado.
"Mas é bom lembrar que ele levou uma pancada feia."
Internamente, os trabalhos físico e fisiológico do São Paulo vêm sendo contestadas. Uma fonte afirmou que o excesso de lesões e os erros de prazo mostram que a comissão técnica não conhece o elenco. (RAFAEL REIS)


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