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Feitos marcam Hiddink e Itália
Contra Azzurra, 21 jogos invicta, técnico da Austrália faz 18ª partida em Copas sem dirigir campeões
Italianos querem se vingar do treinador holandês pela eliminação imposta pela Coréia comandada por ele na mesma fase em 2002
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A STUTTGART
Itália e Guus Hiddink colocam hoje à prova seu histórico
em Copas. A seleção tricampeã
encara pelo segundo Mundial
consecutivo, agora pela Austrália, o técnico que levou a Holanda e a Coréia do Sul às semifinais nos dois últimos Mundiais.
O duelo será em Kaiserslautern, às 12h de Brasília.
A Squadra Azzurra vive uma
série invicta (21 jogos) que não
conhecia desde 1939, um ano
após o bicampeonato mundial.
Em Copas na Europa, não perde desde 1974, na Alemanha
-são 15 vitórias e sete empates
desde um 2 a 1 para a Polônia.
Já o holandês Hiddink completa seu 18º jogo de Copa sem
ter treinado uma seleção campeã mundial. Os poucos homens que o superam em partidas de Mundial como técnico
tiveram a vantagem de ter dirigido potências (Bearzot, Herberger, Parreira, Schoen e Zagallo) ou trabalharam em cinco
Copas (Milutinovic) -Hiddink
está na terceira.
Nenhum italiano esquece as
oitavas de 2002, quando a Coréia de Hiddink venceu a Azzurra por 2 a 1 na prorrogação,
com arbitragem polêmica.
"Os italianos são 100% favoritos. Esperamos fazer frente a
eles o maior tempo possível.
Estamos olhando o nosso próximo passo, mas será muito difícil", disse, humilde, Hiddink.
Os italianos, quem diria, destacam muito o jogo físico do rival. "É uma seleção forte fisicamente e muito bem treinada.
Eles acreditam até o último minuto e têm um estilo agressivo,
o dos times de Guus Hiddink.
Jogam à inglesa. Temos que
aproveitar as situações que tivermos e vingarmos aquela eliminação para a Coréia", disse
Gilardino, único atacante confirmado na Itália.
E Hiddink assume o jogo físico de sua equipe. "O jogo moderno é muito mais de ataque,
muito mais físico", afirma. O
discurso é acompanhado por
seus principais jogadores.
"Somos uma seleção de força
física. Somos conhecidos por
não termos medo de dividir",
diz o atacante Viduka.
A Itália é o time com mais
gols feitos por jogadores que
saíram da reserva em Copas
(13). Hoje, o zagueiro Materazzi, que entrou na vaga de Nesta
contra a República Tcheca, tem
nova chance, pois o melhor defensor do mundo segue contundido. Inzaghi, que também
entrou e marcou no jogo passado, espera chance no ataque,
setor em que Lippi tem mexido
constantemente neste Mundial
por não ter conseguido ainda
achar uma dupla ideal.
Totti segue no time titular e
está otimista em melhorar de
produção após ver a família.
"Passar qualquer hora com
meu filho me ajuda a recuperar
a energia", disse o meia-atacante, que foi com a mulher Ilary e
o filho Christian ao zoológico
de Düsseldorf na folga.
Na Austrália, o maior problema fica por conta do estado físico de Kewell, herói da classificação ao marcar contra a Croácia. Ele tem lesão muscular.
Hiddink está em dúvida para
substituir o suspenso Emerton.
Milligan ou Culina podem entrar em seu lugar. E Schwarzer
deve aparecer no gol.
"Nós respeitamos a Itália,
mas nós não a tememos. E estou certo de que eles também
nos respeitam. Nós jogamos
bem contra o Brasil. Não sei por
que temeríamos a Itália", disse
o defensor Neill, sem citar que
o Brasil venceu por 2 a 0.
O italiano Zambrotta até embasa a frase do rival. Espera sufoco. "No início dos jogos, nós
sempre sofremos", afirmou ele.
NA TV - Itália x Austrália
Globo, Sportv, Bandsports, Directv
e ESPN Brasil, ao vivo, às 12h
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