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Diretoria se manifesta e dá ultimato a Caio Jr.
Palmeiras vai até Jarinu, no interior paulista, se preparar para o clássico
Diretor do clube diz que a
comissão técnica continua,
mas exige "reação imediata"
da equipe no confronto de
sábado contra o Corinthians
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma última chance para
Caio Júnior tirar o Palmeiras
do atoleiro. O recado da diretoria ficou claro após mais um
tropeço no Brasileiro, anteontem, quando a equipe perdeu
para o Atlético-PR por 2 a 0 em
pleno Parque Antarctica.
De cara amarrada, o gerente
de futebol, Toninho Cecílio, foi
duro ao comentar a situação do
treinador e da comissão técnica. "A comissão está mantida.
Mas, ao mesmo tempo, queremos uma reação imediata", falou o dirigente, que preferiu
não dizer se o treinador ficará
no cargo em caso de derrota no
clássico contra o Corinthians,
no sábado, no Morumbi.
"Não quero falar sobre o que
poderá acontecer. Vamos analisar [o Corinthians] como um
grande adversário a ser batido."
Na busca de, postos os problemas internos na mesa, espantar a crise e reagir no campeonato, o time vai a Jarinu (71
km da capital) amanhã à noite
para um retiro psicológico.
"Queremos que haja mais
conversa, convivência. Uma
concentração maior mesmo",
afirmou o dirigente.
Apesar de admitir que "isso
não ganha nem perde jogo", ele
disse que a medida era o que
podia ser feito pela diretoria na
semana que antecede o clássico
para reagir no Nacional (o time
é o 13º, com oito pontos).
A equipe viaja após o treino
vespertino e retorna na sexta-feira, depois do almoço.
Toninho também fez questão de deixar claro que apenas
um bom resultado frente ao rival não será a salvação do time.
"Queremos uma campanha
consistente. Estamos devedores com a torcida", ressaltou.
Diante da fraca campanha
-em sete jogos foram duas vitórias, dois empates e três derrotas (sendo duas no Parque
Antarctica)-, o clima esteve
carregado, ontem, na reapresentação do elenco.
Apenas os reservas treinaram com bola. Os titulares fizeram musculação na academia.
O atacante Max, único atleta
a conceder entrevista, não poupou nem mesmo a si próprio ao
comentar a decepcionante
atuação do Palmeiras.
"Sinceramente, acho que não
fui bem. Não foi a estréia que eu
esperava", declarou o jogador,
que no domingo fez sua primeira partida pelo clube.
Mesmo que o tropeço contra
os paranaenses tenha potencializado a tensão no Palmeiras, ela não é de agora.
Na semana passada, críticas
vindas de dentro do time contra Caio Jr., que estaria favorecendo os atletas contratados
junto ao seu ex-clube, o Paraná,
já agitaram o ambiente. A direção e o treinador palmeirenses
negaram a suposta preferência
aos jogadores "sulistas".
Fora de campo, a diretoria
admite o atraso de 20 dias nos
vencimentos dos jogadores.
Mas, de acordo com o gerente
de futebol, isso não pode servir
como desculpa para o baixo
rendimento dos atletas.
"Se eu sentir isso [corpo mole], [o jogador] vai embora. E
não mandamos ninguém embora hoje [ontem]", disse Toninho, dando a entender que, até
agora, a diretoria não detectou
esse tipo de atitude no elenco.
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