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sem reservas
Jogadores do banco , que entravam bem antes da Copa, fazem time cair
de produção
na primeira fase da competição
Ali Haider/Efe
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O zagueiro Pepe e o meia Júlio Baptista, que ontem substituiu Kaká
DOS ENVIADOS A DURBAN
O final da primeira fase da
Copa do Mundo mostrou que
é balela o discurso do técnico
Dunga de que a seleção tem
23 titulares na África do Sul.
Nos três jogos disputados,
o treinador pouco pôde contar com os reservas e, sempre
que eles entraram, o time
mostrou queda de produção.
Essa situação contradiz o
desempenho com os reservas
antes do Mundial. Em 29 jogos -eliminatórias, Copa
das Confederações e Copa
América-, o Brasil marcou
25 gols e sofreu apenas dois
após o time ser mexido, o que
dá um ótimo saldo de 23.
Ontem, em Durban, a seleção teve o seu exemplo mais
claro de que o banco não está
funcionando como antes.
Com três reservas em campo (Júlio Baptista, Daniel Alves e Nilmar), a equipe desperdiçou a oportunidade de
fechar a primeira fase com
100% de aproveitamento.
Sem Kaká (suspenso) e
Elano e Robinho (poupados
por lesões), a seleção ficou
apenas no 0 a 0.
"O jogo foi muito truncado, não tivemos espaços,
mas o importante é que conseguimos a classificação em
primeiro lugar", disse o lateral Daniel Alves, que ontem
atuou no meio-campo.
SEM CRIATIVIDADE
Ele foi um dos que decepcionaram ontem em Durban.
Não conseguiu dar criatividade ao time e expôs o setor
defensivo direito pela dificuldade em voltar para marcar.
Daniel Alves já havia entrado no segundo tempo nos
outros dois jogos no Mundial
e não conseguira manter o
ritmo de Elano, o titular.
Destaque nas duas primeiras partidas da seleção, o
meia do turco Galatasaray
marcou um gol em cada jogo
e teve uma atuação defensiva
perfeita. Contra a Coreia do
Norte e a Costa do Marfim, a
seleção levou gol só depois
que Elano deixou o campo.
Felipe Melo, que ontem foi
substituído por Josué mais
uma vez, também já tinha
saído do time quando o Brasil sofreu o gol da Coreia do
Norte na estreia no Mundial.
Os reservas Júlio Baptista e
Nilmar também não corresponderam. Substituto de Kaká, Júlio Baptista foi muito
lento e não levou perigo ao
gol defendido por Eduardo.
Já Nilmar, que entrou no
lugar de Robinho, ficou muito isolado no ataque. Mesmo
assim, ele chutou uma bola
na trave portuguesa.
Josué entrou no lugar de
Felipe Melo no final do primeiro tempo e também teve
atuação discreta.
No final do jogo, Dunga
contemporizou a ausência de
Kaká, Robinho e Elano. "Os
titulares também teriam dificuldade." Para Dunga, porém, Robinho, com sua caraterística de drible curto, poderia ajudar muito.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO
COBOS E SÉRGIO RANGEL)
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