São Paulo, sábado, 26 de junho de 2010

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sem reservas

Jogadores do banco , que entravam bem antes da Copa, fazem time cair de produção na primeira fase da competição

Ali Haider/Efe
O zagueiro Pepe e o meia Júlio Baptista, que ontem substituiu Kaká

DOS ENVIADOS A DURBAN

O final da primeira fase da Copa do Mundo mostrou que é balela o discurso do técnico Dunga de que a seleção tem 23 titulares na África do Sul.
Nos três jogos disputados, o treinador pouco pôde contar com os reservas e, sempre que eles entraram, o time mostrou queda de produção.
Essa situação contradiz o desempenho com os reservas antes do Mundial. Em 29 jogos -eliminatórias, Copa das Confederações e Copa América-, o Brasil marcou 25 gols e sofreu apenas dois após o time ser mexido, o que dá um ótimo saldo de 23.
Ontem, em Durban, a seleção teve o seu exemplo mais claro de que o banco não está funcionando como antes.
Com três reservas em campo (Júlio Baptista, Daniel Alves e Nilmar), a equipe desperdiçou a oportunidade de fechar a primeira fase com 100% de aproveitamento.
Sem Kaká (suspenso) e Elano e Robinho (poupados por lesões), a seleção ficou apenas no 0 a 0.
"O jogo foi muito truncado, não tivemos espaços, mas o importante é que conseguimos a classificação em primeiro lugar", disse o lateral Daniel Alves, que ontem atuou no meio-campo.

SEM CRIATIVIDADE
Ele foi um dos que decepcionaram ontem em Durban. Não conseguiu dar criatividade ao time e expôs o setor defensivo direito pela dificuldade em voltar para marcar.
Daniel Alves já havia entrado no segundo tempo nos outros dois jogos no Mundial e não conseguira manter o ritmo de Elano, o titular.
Destaque nas duas primeiras partidas da seleção, o meia do turco Galatasaray marcou um gol em cada jogo e teve uma atuação defensiva perfeita. Contra a Coreia do Norte e a Costa do Marfim, a seleção levou gol só depois que Elano deixou o campo.
Felipe Melo, que ontem foi substituído por Josué mais uma vez, também já tinha saído do time quando o Brasil sofreu o gol da Coreia do Norte na estreia no Mundial.
Os reservas Júlio Baptista e Nilmar também não corresponderam. Substituto de Kaká, Júlio Baptista foi muito lento e não levou perigo ao gol defendido por Eduardo.
Já Nilmar, que entrou no lugar de Robinho, ficou muito isolado no ataque. Mesmo assim, ele chutou uma bola na trave portuguesa.
Josué entrou no lugar de Felipe Melo no final do primeiro tempo e também teve atuação discreta.
No final do jogo, Dunga contemporizou a ausência de Kaká, Robinho e Elano. "Os titulares também teriam dificuldade." Para Dunga, porém, Robinho, com sua caraterística de drible curto, poderia ajudar muito. (EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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