DOS ENVIADOS A DURBAN

Um choque com o volante português Raul Meireles, aos 17min do segundo tempo, deixou à mostra o tamanho do incômodo do goleiro Júlio César. Ele tem atuado com uma grande proteção nas costas, por baixo do uniforme.
No atendimento no campo, o médico José Luiz Runco tentou, sem sucesso, esconder o artefato utilizado pelo camisa 1.
Na área de entrevistas após o jogo, foi nítido o constrangimento. "Vamos deixar isso para lá", disse o goleiro, após a primeira pergunta sobre o tema.
"É uma proteção que eu sempre uso", afirmou. "Sei lá, me sinto mais seguro, mais protegido, até psicologicamente."
Júlio César disse também que a proteção é ainda mais útil no frio. "Porque me deixa aquecido."
E então cortou as perguntas sobre o tema. "Vamos falar sobre o jogo."
Às vésperas do início da Copa, Júlio César deixou de treinar alguns dias e não participou do amistoso contra a Tanzânia por ter dores nas costas.
Runco disse que o arqueiro usa a proteção desde 2003 e que não tem contusão séria. "Ele tem uma protusão nas costas. Nada a ver com hérnia de disco."
Protusão é uma lesão na coluna que pode originar uma hérnia de disco.
Runco, que implicara com a proteção de Drogba antes da partida contra a Costa do Marfim, afirmou que a de Júlio César não contém partes de metal. "É um colete de velcro."
Especialistas ouvidos pela Folha disseram tratar-se de um colete Putti, com peças de alumínio, usado para dores nas costas. (EAR, MF, PC E SR)


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