São Paulo, domingo, 26 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Palmeiras celebra boa fase de Marcos SÉRIE A Aos 37 anos, goleiro recebe carga de treinos diferente e fará a oitava partida seguida como titular DE SÃO PAULO Marcos voltou ao gol do Palmeiras após meses de contusão e entrou numa fria: levou seis gols do Coritiba. Mas, desde então, o palmeirense celebra a volta dos bons tempos de seu ídolo. Na partida de hoje, contra o Ceará, o goleiro pentacampeão do mundo jogará pela oitava vez consecutiva no ano. Parece pouco, mas a última vez que o goleiro emplacou tal sequência foi em maio do ano passado. Aos 37 e em contagem regressiva para encerrar a carreira, Marcos tem encantado os palmeirenses pela boa forma. Contra Cruzeiro e Internacional, por exemplo, ele fechou o gol como adorava fazer em seus áureos tempos. Enquanto torcedores e dirigentes discutem a possibilidade de eternizá-lo em forma de busto -homenagem restrita a poucos ídolos alviverdes-, Marcos brilha em campo como um jovem. "Não vejo nenhuma surpresa nisso. A gente conhece o Marcos e já esperava que a resposta fosse essa", disse o preparador de goleiros Carlos Pracidelli, que o acompanha desde sua estreia no time profissional do Palmeiras. Em cinco jogos, o time de Luiz Felipe Scolari sofreu apenas três gols. Fruto de seu forte sistema defensivo, mas também contando com a boa forma de Marcos, que vai parar de jogar no fim do ano. O que era para ser apenas uma despedida dos gramados, com homenagens, está se tornando uma peça fundamental na ótima campanha do Palmeiras no Nacional. A questão agora é administrar o fôlego de Marcos. Segundo Pracidelli, o "santo" palmeirense se queixa de dores após todos os jogos. "Ele sai com dores no joelho, com dores no adutor. Precisamos ver até onde vai essa dor para que não o impeça de ir para o jogo seguinte", explicou o preparador. Exatamente por isso, é muito provável que Deola seja escalado em algum dos próximos jogos, a fim de que Marcos seja poupado. Os cuidados com o ídolo passam pelos treinamentos. "A carga [de treinos] dele é completamente diferente. Alguns exercícios têm cargas menores, outros praticamente não são feitos mais. Tudo isso para fazer com que ele tenha uma boa condição e possa suportar os jogos." Até o fim do ano, Marcos poderá atuar por ao menos 40 jogos. No domingo passado, recusou-se a cobrar pênalti no jogo contra o Avaí. Vê-lo fazer um gol é sonho de todo palmeirense. Mas ele mantém a euforia de lado. "Se eu terminar minha carreira sem fazer um gol, não mudará nada. O que me cabe é defender o máximo possível", declarou o goleiro. À beira dos 38 anos, Marcos tem defendido o possível e o impossível. (LUCAS REIS) Texto Anterior: Juca Kfouri: Copa do submundo Próximo Texto: Ofensividade do adversário alerta Scolari Índice | Comunicar Erros

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