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De olho nos resultados, Dunga caça escudeiro
Coordenador será ex-jogador identificado com a seleção, mas nome é incógnita
Novo treinador, que fará primeira convocação na terça, diz que vai conversar com seus antecessores para não começar da estaca zero
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Em seu primeiro dia de atividade como técnico da seleção,
Dunga disse ontem que a continuidade do seu trabalho dependerá dos resultados e que seu
coordenador será um ex-atleta
identificado com o time nacional. O nome não foi revelado.
"Sabemos que, no futebol,
sem demagogia, a continuidade
do trabalho vai depender do resultado. Confiamos no nosso
trabalho para ter essa continuidade. A coisa que menos me
preocupa é a duração de contrato", declarou ele.
Ao anunciar anteontem a
contratação, a confederação informou que a vinda do ex-jogador tinha como objetivo as Copas de 2010 e 2014. Ele será
funcionário da entidade.
Sobre a comissão técnica, o
novo treinador disse que só vai
anunciá-la na próxima terça,
quando também divulgará a lista de convocados para o amistoso contra a Noruega, no dia
16, em Oslo. O médico José
Luiz Runco e o preparador de
goleiros Wendell vão permanecer com a seleção.
Dunga não quis falar sobre
Zagallo, coordenador técnico
de Carlos Alberto Parreira, seu
antecessor. Segundo ele, sua
permanência depende do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que não se pronunciou.
Dunga se recusou a citar um
nome para o papel de coordenador. Questionado sobre o ex-lateral Branco, disse ser um
bom nome e que tem experiência, pois já trabalha na CBF.
"Será um ex-jogador que tenha
postura e atitude", resumiu ele.
O novo técnico afirmou que a
maioria dos convocados para a
partida com a Noruega deverá
ser de jogadores que atuam no
Brasil. "Os que atuam na Europa estão voltando agora, e a
convocação deles poderá ser
um risco, já que algum deles pode se contundir. E chamar
aqueles que participaram da última Copa vai ser complicado,
porque ainda estão de férias."
Dunga afirmou que vai procurar Parreira, além de Zagallo
e Luiz Felipe Scolari, para conversar, com o objetivo de ganhar mais experiência. "Vamos
aproveitar um pouco do que essas pessoas fizeram. Não podemos começar do zero."
O capitão do tetracampeonato voltou a dizer que não tem
medo das críticas que venha a
receber por não ser experiente.
"Não ter experiência não
quer dizer que não vai dar certo. Treinadores com grande experiência fracassaram e não
deixaram de ser bons", afirmou
Dunga que, neste ano, terá mais
duas oportunidades, além do
jogo contra a Noruega, para adquirir experiência. Segundo o
site da Fifa, o Brasil fará amistosos também contra o Kuait,
em 7 de outubro, e contra a
Grécia, em 15 de novembro.
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