São Paulo, domingo, 26 de julho de 2009

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Nova geração joga por sua 1ª conquista

Na final da Liga Mundial de vôlei, contra a anfitriã Sérvia, Bernardinho testa poder de decisão de Bruno, Lucas e Vissotto

Com a melhor campanha na competição, um só revés em 15 jogos, seleção tem último desafio, diante de oponente que manteve base de 2008

DA REPORTAGEM LOCAL

Renovada, a seleção brasileira masculina encara uma velha conhecida hoje, na final da Liga Mundial de vôlei, a Sérvia.
Stankovic, Nikola Grbic e, principalmente, o ponteiro Ivan Miljkovic continuam há anos dando sustentação à equipe europeia. Os dois últimos são remanescentes da seleção medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, então ainda como Iugoslávia.
A final da competição, hoje, guarda algumas semelhanças com a decisão da Liga de 2005.
A geopolítica da época colocava os brasileiros diante de Sérvia e Montenegro. Naquele ano, como agora, as finais foram disputadas em Belgrado.
Vários dos sérvios que estarão em quadra a partir das 15h estavam lá, assim como poucos brasileiros: o líbero Escadinha, o meio de rede Rodrigão e o ponteiro e capitão Giba -o central, com dores no ombro esquerdo desde anteontem, é dúvida para a final.
Na oportunidade, o título ficou com os brasileiros, 3 sets a 1, de virada. "Recordo-me bem dos apitos da torcida e do momento de estourar o champanhe, após vencer a partida", relembra Giba, feliz com a coincidência. "As coisas se repetem. Foi bom a Sérvia ter ganhado de Cuba. Vai ter mais gente no ginásio e a festa vai ficar boa."
Para chegar à decisão, a equipe do técnico Bernardinho não deu chances à Rússia na semifinal de ontem: 3 sets a 0 (25/17, 25/21 e 25/21), em apenas uma hora e 12 minutos. Com 16 pontos, três deles no saque, Giba foi o principal pontuador do jogo.
"Estou mais que satisfeito e aliviado. Estou surpreso em como o time reagiu à pressão", festejou Bernardinho após a vitória. O técnico também relembrou a Liga de quatro anos atrás: "Vamos reeditar aquela final. Espero novamente um ginásio lotado e uma festa bonita. Vai ser bom para esse time, num início de trabalho, enfrentar uma situação como essa".
As maiores apostas da nova seleção são o levantador Bruno (filho de Bernardinho), o meio de rede Lucas e o oposto Leandro Vissotto, todos titulares.
O Brasil, atual vice-campeão olímpico (caiu ante os EUA em Pequim), chega à final com a melhor campanha entre todos os participantes da Liga. A equipe perdeu apenas uma partida na fase classificatória, contra a Finlândia, fora de casa.
Depois do jogo de ontem, os brasileiros viram a classificação Sérvia diante de Cuba. Num jogo mais duro do que a semifinal brasileira, os europeus marcaram 3 a 1, de virada (18/25, 25/13, 25/21 e 27/25).
O jogo exibiu força do astro sérvio Miljkovic. Sozinho, o atacante de 2,06 m foi responsável por 26 pontos (mais que um set inteiro). Ele é o principal pontuador da fase final da Liga, com 60 pontos.
Bernardinho sabe o que enfrentará: "É o mesmo time dos Jogos Olímpicos [de 2008], com um levantador muito experiente e com um oposto [Miljkovic], que serve como referência. Os ponteiros também estão bem. Estamos atentos."


NA TV - Brasil x Sérvia
Sportv, ao vivo, às 15h




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