São Paulo, segunda-feira, 26 de julho de 2010

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Brasil conquista 9º título e reina na Liga Mundial

Time bate Rússia e coroa atuação destacada de coadjuvantes na fase final

Natacha Pisarenko/Associated Press
A seleção de vôlei celebra no ginásio Orfeo Superdomo,
em Córboba, seu 9º título na Liga


MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

Desde o início do século, a seleção masculina de vôlei buscava obsessivamente o domínio na Liga Mundial. Ontem, enfim, conseguiu.
Com a vitória na final contra a Rússia por 3 sets a 1 (25/ 22, 25/22, 16/25 e 25/23), o Brasil conquistou o nono título no torneio, ultrapassou a Itália e tornou-se o maior vencedor da Liga Mundial, que é realizada desde 1990.
Afora o troféu erguido em 1993, todos os outros títulos (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2010) foram obtidos na era Bernardinho, que assumiu em 2001.
"Todos os jogadores deram sua contribuição e é isso que demonstra que somos um grupo", disse o treinador.
E, nesta Liga Mundial, cuja fase final foi disputada em Córdoba, na Argentina, parecia que o time brasileiro não se tornaria eneacampeão.
Mais vulnerável do que as seleções campeãs anteriores, a equipe de 2010 sofreu com a má forma física de Giba, com o desfalque do lesionado Escadinha, eleito o melhor da Liga-2009, e com a irregularidade de Bruno.
Mas os coadjuvantes não decepcionaram e, graças a eles, o Brasil conseguiu se superar em partidas da fase final que pareciam perdidas.
O levantador Marlon, principal articulador das reações brasileiras contra argentinos, sérvios e cubanos, foi premiado ontem por Bernardinho com a titularidade. Ele entrou no lugar de Bruno.
Já o oposto Théo ganhou a vaga de Leandro Vissotto, que havia machucado o tornozelo no dia anterior.
Com esse sexteto mantido na maior parte da partida, a seleção de Bernardinho teve uma grande atuação. Marlon distribuiu bem as bolas, e Théo substituiu Vissotto à altura, impondo-se nos ataques na saída de rede.
A única exceção foi o terceiro set, quando a seleção se desconcentrou. Bernardinho promoveu as entradas de Giba, Sidão, João Paulo e Bruno. O técnico parecia querer dar chance a todos de desfrutar a final. O nível caiu, e os russos venceram a parcial.
Mas, no quarto e derradeiro set, com o sexteto inicial em quadra, a seriedade foi retomada e a hegemonia, confirmada. Peixinho na quadra e o prêmio de US$ 1 milhão.


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