São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2004

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POLIVALENTE

Simplesmente lágrimas

BARBARA GANCIA
COLUNISTA DA FOLHA

Disposta a qualquer sacrifício para melhor informar o leitor desta coluna, minha prima cretina da ilha de Creta, Strava Gancia, descobriu empiricamente que, a despeito do nome, Metaxa vem a ser um licor, e não um elixir para pôr fim à constipação.
Após deixar as piscinas com a melancólica participação no 4 x 100 m livre, Gustavo Borges foi para o abraço... de despedida. E recebeu as merecidas homenagens, com lágrimas nos olhos.
Ninguém se espantaria em ver lágrimas nos olhos de Ricardo Prado, recordista mundial dos 400 m medley e prata em Los Angeles-84, ou de Djan Madruga, bronze em Moscou-80 e dono do recorde sul-americano nos 800 m por 24 anos. Mas Gustavo Borges sempre demonstrou ser o mais convencional dos mortais, para quem as emoções passam batido. Daí o estranhamento que causou a videoconferência com o atleta e sua família, exibida pela Globo.
Quando o filho, Gustavinho, disse ter visto o pai chorar na despedida, Borges corrigiu: "Não, papai não chora".
Ué? O menino viu as lágrimas, por que negar? É melhor que ele pense que papai mente?


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