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Em 2 anos, time muda menos que rivais
DA REPORTAGEM LOCAL
O pôster que enfeita a sala de
imprensa no CT do São Paulo,
mostrando a conquista do tricampeonato mundial de clubes, em 2005, está defasado.
Dos 11 atletas que estiveram
naquele 18 de dezembro, em
Yokohama, na vitória de 1 a 0
sobre o Liverpool, apenas 4
prosseguem no time: Rogério,
Júnior, Aloísio e Edcarlos.
Comparado aos outros grandes times do Estado, o clube do
Morumbi foi o que menos usou
jogadores neste período: 53.
O Corinthians lidera essa
corrida, com 82 atletas, seguido
de Santos (70) e Palmeiras (69).
Mas, embora também sofra
com o desmanche, o atual líder
do Brasileiro ainda assim mantém uma regularidade nos torneios que disputa, chegando, se
não às decisões, perto dela.
Segundo o psicólogo do esporte Gilberto Gaertner, a explicação para a regularidade está na gestão do clube.
"O São Paulo é um caso raro.
No futebol, hoje se vê muita
passionalidade e pouca regularidade. E o São Paulo quebra
esta regra", declarou o especialista, que já trabalhou no Atlético-PR e no Paraná Clube.
Segundo Gaertner, os dirigentes do time do Morumbi sabem "separar o lado passional
do racional". "Baseado nessa
infra-estrutura sólida, a confiança chega ao campo, aos jogadores, que superam obstáculos como a perda de atletas."
A manutenção do técnico
Muricy Ramalho no comando
da equipe desde o início de
2006 também é vista por
Gaertner com bons olhos.
"A rotatividade é mais acentuada no futebol, que muda de
técnico e jogadores a todo momento, do que em outros esportes", analisou, afirmando
que a permanência do treinador, mesmo após a derrota na
final da Libertadores de 2006
para o Internacional, "tranqüiliza os atletas, pois mostra que
o planejamento continuará".
Muricy faz coro ao psicólogo,
mas à sua moda. "Não tem um
fator determinante [para a regularidade]. Mas também não
tem aquilo de acordar com uma
dor de cabeça e mudar tudo, como em outros clubes."0
(JT)
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