Derrotada pelo América no primeiro turno em plena Vila Belmiro, equipe adota um discurso cauteloso

PAULO FRANCISCO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM NATAL

Vanderlei Luxemburgo adotou um discurso preventivo quanto ao jogo de hoje, contra o América-RN, em Natal, às 16h, para evitar a segunda derrota diante do anfitrião, "que não tem muito o que perder".
No primeiro turno do Brasileiro, a equipe santista, que ainda disputava a Taça Libertadores da América, jogou com um time misto e sofreu uma derrota em casa, por 3 a 2, para o atual lanterna do campeonato.
Agora, na avaliação do treinador santista, o América deve atacar mais, pois precisa da vitória para tentar uma reação e deixar o último lugar da tabela, com míseros dez pontos.
"Jogando em casa, é provável que a equipe do América saia um pouco", disse Luxemburgo, anteontem à noite, após comandar um treino tático no estádio Frasqueirão, do ABC, rival local do América.
"Assistimos ao jogo do América contra o Cruzeiro [em 12 de agosto, quando os mineiros fizeram 2 a 1]. O time deles saiu bastante. Eles não vão jogar atrás. Estão na última colocação e não têm muito o que perder", declarou Luxemburgo.
Para o técnico do Santos, não haverá tempo para observar o que o oponente pretende fazer, se jogará para a frente ou será mais cauteloso. O time da Vila Belmiro iniciou a rodada em sétimo lugar, com 30 pontos.
"O Santos tem é que jogar. Essa coisa de esperar o que vai acontecer, depois acontece contra, aí estou morto", disse Luxemburgo, que vai escalar Vitor Júnior no lugar de Pedrinho, que cumpre suspensão.
Mas isso, disse o treinador, não vai mudar o estilo de jogar do time. "Ele já está exercendo a função que o Pedrinho fazia."
Vitor Júnior concorda com o chefe e diz que tem o mesmo estilo de jogo de seu companheiro. E dá uma dica do que o Santos pretende: "O Petkovic carrega mais a bola, e eu tento ajudar mais na marcação".
Num treino tático, o técnico santista começou corrigindo a marcação da defesa e dos dois volantes titulares, Maldonado e Rodrigo Souto, para diminuir os espaços na saída de bola do América. "Eu não quero que o meia saia", gritou Luxemburgo, parando diversas vezes a jogada para acertar o posicionamento.