São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2008

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Palmeiras fere e sofre com gols no Brasileiro

Time tem melhor ataque do Nacional, mas ostenta 11ª defesa mais vazada

Equipe, a quinta que mais leva finalizações no torneio, só passou seis rodadas com meta intacta; líder, Grêmio conseguiu o feito 11 vezes


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras que marca muitos gols no Brasileiro não tem o mesmo êxito na hora de se defender. O vice-líder do campeonato tem a retaguarda mais frágil entre os membros do G4.
Em 22 rodadas, o clube paulista anotou 38 gols (média de 1,72 por jogo), o que o coloca como o melhor ataque da competição ao lado do líder Grêmio e do São Paulo, quinto colocado.
O sucesso ofensivo exemplificado na figura de Alex Mineiro, artilheiro do Nacional com 15 gols -junto de Kléber Pereira, do Santos- é o que tem garantido a equipe entre as melhores da competição.
Quando o objetivo é se defender, porém, a história é outra.
O time tem não só a pior defesa entre os principais postulantes ao título como é também o mais vazado da metade de cima da tabela. O Sport, que ocupa o décimo lugar, levou 26 gols, contra 27 dos palmeirenses (média de 1,23 por partida).
Na luta dentro do G4, o Grêmio tem desempenho elogiável atrás. Sofreu apenas 15 gols (0,68 por jogo). O Cruzeiro, terceiro melhor do Brasileiro, levou 23 (1,04), e o Botafogo, o quarto colocado, 20 (0,90).
Dificilmente a torcida palmeirense assistiu a seu time sem ver a facção adversária comemorar pelo menos um gol. O Palmeiras só conseguiu o feito seis vezes no campeonato. O Grêmio passou ileso por 11 rodadas, ou a metade do número de partidas disputadas até aqui.
O clube do Parque Antarctica é o quinto que mais sofre finalizações no Brasileiro, segundo o Datafolha. São cerca de 14 arremates em direção ao gol de Marcos a cada confronto.
Cruzeiro e Grêmio, segundo e quarto times menos atacados do Nacional, levam 11 arremates por jogo contra suas metas. O Botafogo, quem menos sofre finalizações dos rivais, dez.
A deficiência palmeirense é concomitante ao problema de jogar fora de casa. Como mandante, o time levou nove gols. Longe do Parque Antarctica foram 18 tentos, o dobro.
Apesar das críticas mais pesadas dos torcedores serem sobre Jeci e Gladstone, o time tem tentado desviar o foco sobre a dupla de zaga.
Mesmo assim, o goleiro Marcos já reclamou mais de uma vez de levar gols parecidos -em jogadas aéreas, responsáveis por 11 dos 27 gols contra do Palmeiras no Brasileiro.
"Eu tenho gastrite e precisei tomar um negócio para a dor passar hoje [anteontem]", declarou o arqueiro, muito nervoso após os dois tentos de cabeça marcados pela Portuguesa.


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