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Com delegação inchada, Brasil é, no máximo, top 16 na Olimpíada teen, longe dos países de elite
MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A CINGAPURA
Os Jogos da Juventude,
que reúnem atletas de 14 a 18
anos, terminariam na madrugada de hoje, com as finais de tênis de mesa e vôlei.
Sem representantes nas
decisões dessas modalidades, o Brasil encerrou sua
participação ontem com saldo de sete medalhas: três ouros, três pratas e um bronze.
Ontem o país conquistou
outro ouro, com David Lourenço, no boxe, e outro bronze, no handebol feminino.
O COI (Comitê Olímpico
Internacional) decidiu não
divulgar o quadro de medalhas, mas, em levantamento
feito pela Folha levando em
consideração as medalhas
obtidas em Cingapura pelas
30 maiores potências do esporte, o Brasil encerraria a
Olimpíada da Juventude no
máximo na 16ª colocação.
Foi justamente essa a melhor colocação do país na história dos Jogos Olímpicos,
obtida em Atenas-2004.
A delegação brasileira em
Cingapura, com 81 atletas,
foi uma das maiores do evento, uma "prévia" para a Rio-
-2016. Potências, como França e Grã-Bretanha, levaram
menos representantes, mas
faturaram mais medalhas.
Para os dirigentes, a participação brasileira é positiva.
Com três medalhas, o atletismo comemora. Thiago
Braz foi prata no salto com
vara e Caio Cézar dos Santos
levou dois ouros, um no salto
em distância e um no revezamento medley continental.
"Dentro das condições que
tivemos, fomos bem. Trouxemos 15 representantes, fomos a dez finais e muitos
atletas melhoraram os resultados aqui. Havia dois atletas
que esperávamos que fossem
além, mas é assim mesmo",
diz Roberto Gesta de Melo,
presidente da Confederação
Brasileira de Atletismo.
A natação foi a modalidade que mais decepcionou. O
Brasil esteve em nove finais,
mas não subiu ao pódio.
A principal esperança de
medalha, a nadadora Alessandra Marchioro, deixou escapar o bronze em duas provas e ficou em quarto na final
dos 50 m livre e na dos 50 m
peito. Pedro Costa ficou só a
um centésimo do bronze na
final dos 50 m borboleta.
"A natação, quando não
ganha medalha, dá a impressão de que foi mal. Mas nossa
participação foi razoável pelo número de finais", avalia
Coaracy Nunes, presidente
da confederação do esporte.
Outra decepção foi o tenista Tiago Fernandes. Campeão juvenil do Aberto da
Austrália, chegou como favorito, mas caiu nas quartas.
Duas promessas de pódio
não decepcionaram. Campeões mundiais, Flávia Gomes foi prata no judô, e David Lourenço, ouro no boxe.
Mas a principal surpresa
brasileira em Cingapura foi a
medalha de prata de Felipe
Wu no tiro esportivo, esporte
que não tem tradição no país.
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