São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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Com delegação inchada, Brasil é, no máximo, top 16 na Olimpíada teen, longe dos países de elite

MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A CINGAPURA

Os Jogos da Juventude, que reúnem atletas de 14 a 18 anos, terminariam na madrugada de hoje, com as finais de tênis de mesa e vôlei.
Sem representantes nas decisões dessas modalidades, o Brasil encerrou sua participação ontem com saldo de sete medalhas: três ouros, três pratas e um bronze.
Ontem o país conquistou outro ouro, com David Lourenço, no boxe, e outro bronze, no handebol feminino.
O COI (Comitê Olímpico Internacional) decidiu não divulgar o quadro de medalhas, mas, em levantamento feito pela Folha levando em consideração as medalhas obtidas em Cingapura pelas 30 maiores potências do esporte, o Brasil encerraria a Olimpíada da Juventude no máximo na 16ª colocação.
Foi justamente essa a melhor colocação do país na história dos Jogos Olímpicos, obtida em Atenas-2004.
A delegação brasileira em Cingapura, com 81 atletas, foi uma das maiores do evento, uma "prévia" para a Rio- -2016. Potências, como França e Grã-Bretanha, levaram menos representantes, mas faturaram mais medalhas.
Para os dirigentes, a participação brasileira é positiva.
Com três medalhas, o atletismo comemora. Thiago Braz foi prata no salto com vara e Caio Cézar dos Santos levou dois ouros, um no salto em distância e um no revezamento medley continental.
"Dentro das condições que tivemos, fomos bem. Trouxemos 15 representantes, fomos a dez finais e muitos atletas melhoraram os resultados aqui. Havia dois atletas que esperávamos que fossem além, mas é assim mesmo", diz Roberto Gesta de Melo, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo.
A natação foi a modalidade que mais decepcionou. O Brasil esteve em nove finais, mas não subiu ao pódio.
A principal esperança de medalha, a nadadora Alessandra Marchioro, deixou escapar o bronze em duas provas e ficou em quarto na final dos 50 m livre e na dos 50 m peito. Pedro Costa ficou só a um centésimo do bronze na final dos 50 m borboleta.
"A natação, quando não ganha medalha, dá a impressão de que foi mal. Mas nossa participação foi razoável pelo número de finais", avalia Coaracy Nunes, presidente da confederação do esporte.
Outra decepção foi o tenista Tiago Fernandes. Campeão juvenil do Aberto da Austrália, chegou como favorito, mas caiu nas quartas.
Duas promessas de pódio não decepcionaram. Campeões mundiais, Flávia Gomes foi prata no judô, e David Lourenço, ouro no boxe.
Mas a principal surpresa brasileira em Cingapura foi a medalha de prata de Felipe Wu no tiro esportivo, esporte que não tem tradição no país.


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