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Inter terá até 57 mil eleitores
Clube permite que sócios votem por correio nas eleições de dezembro
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO
O Internacional se tornou
ontem o 341º maior colégio
eleitoral do Brasil e o 27º
maior do Rio Grande do Sul.
A diretoria do atual campeão da Taça Libertadores
anunciou que vai permitir o
voto por correspondência na
eleição para presidente do
clube, no dia 4 de dezembro.
Assim, mesmo quem vive
no exterior ou em outros estádios poderá escolher quem
vai mandar no clube gaúcho
pelos próximos dois anos.
Com essa medida, serão
57.453 eleitores aptos a votar.
O Inter tem, assim, colégio
eleitoral maior que mais de
5.000 municípios brasileiros.
Se fosse uma cidade, o Inter só teria menos eleitores
do que 26 cidades gaúchas
-incluindo aí Ijuí e Venâncio
Aires, cidades dos treinadores Dunga e Mano Menezes,
respectivamente.
Hoje o clube tem 106 mil
sócios, recorde absoluto no
Brasil. Mas só pode participar quem está em dia com as
mensalidades (a inadimplência é de cerca de 10%) e
quem está inscrito há pelo
menos dois anos -o que restringe o número a 57.453.
Se todos esses sócios votarem, o Internacional vai ultrapassar o Barcelona como a
maior democracia entre os
clubes de futebol do mundo.
No mês de junho, 56.247
sócios do clube catalão escolheram Sandro Rossel como
novo presidente, em substituição a Joan Laporta.
Na última eleição no Corinthians, 2.415 sócios votaram; 2.342 escolheram a presidente do Flamengo.
Desde 2006, quando conquistou a Taça Libertadores
pela primeira vez, o Inter investe pesado para atrair sócios para o futebol. Uma das
vantagens oferecidas é o direito a voto, antes restrito a
sócios patrimoniais.
No entanto, como a participação no pleito não é obrigatória, a estimativa da direção colorada é que entre 20
mil e 25 mil sócios votem.
No ano passado, o clube
gaúcho faturou R$ 37,4 milhões graças à contribuição
de seus associados -praticamente o mesmo que arrecadou com venda de direitos de
transmissão para a TV.
É quase impossível que o
grupo da situação, que manda no Inter desde 2002, perca
a eleição de 4 de dezembro.
Por enquanto, há três pré-
-candidatos da mesma base:
Pedro Affatato, Giovanni Luigi e Mario Sergio Martins, todos ligados a Vitório Píffero
(atual presidente) e Fernando Carvalho (vice de futebol).
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