São Paulo, sexta-feira, 26 de agosto de 2011

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Bruno, ainda mais curiosidade que certeza

"A SEMELHANÇA FÍSICA com o tio impressiona. Mas, ontem, em Melbourne, Bruno Senna, 22, finalmente conseguiu o que vinha buscando há um ano e meio. Chamou a atenção por seu desempenho no volante."
Naquele março de 2006, Bruno era mais uma curiosidade do que uma certeza.
Por conta do sobrenome, por ser mais um familiar-de-piloto-que-tentava-a-sorte-no-automobilismo, fora convidado para participar de uma rodada da F-3 australiana, nas preliminares do GP de F-1.
Pilotando um Dallara verde e amarelo (cores da Austrália) com um veado pintado na carenagem (logotipo de um patrocinador que rapidamente virou brincadeira boba dos brasileiros no paddock), conquistou a primeira vitória da vida em um carro de corrida.
Na tarde de domingo, ao final da experiência, o saldo era altamente positivo. Das quatro provas que disputou ali, correndo contra pilotos locais, ganhou três.
Bruno vinha do trauma da morte do tio, de um hiato de dez anos longe das pistas e de uma retomada recente.
Naquele fim de semana, passou a ser visto com outros olhos pela turma do motor. Ao fim daquele ano, foi terceiro colocado na F-3 inglesa, com cinco vitórias. Na GP2, foi sétimo colocado em 2007 (uma vitória) e vice-campeão em 2008.
Tinha tudo certo para correr na Honda em 2009, mas a equipe virou Brawn. Passou aquela temporada na Le Mans Series, para não enferrujar, e, no ano passado, estreou na F-1.
Só que foi na Hispania, com um carro que usava em Monza o mesmo pacote aerodinâmico de Mônaco.
Quase seis anos depois, Bruno estreia neste fim de semana pela Lotus Renault ainda sendo mais uma curiosidade que uma certeza. Mas por pouco tempo.
Com um carro de meio de pelotão, responderá, enfim, a qual categoria pertence.

F-1
PASSADO
Há 20 anos, Schumacher chegou a Spa-Francorchamps sem nunca ter andado lá (mentiu para Jordan) e, com um carro mediano, foi sétimo no grid. O alemão abandonou o GP, mas já tinha mostrado o cartão de visita, deixado claro que era diferente -embora ninguém imaginasse o quanto. Piloto bom mostra logo, sem a obrigação de ser um novo Schumacher.
Ou um novo Senna.

MOTOGP
FUTURO
A etapa japonesa da MotoGP, que será realizada em outubro, pode mudar para Suzuka. Seria o fim de uma queda de braço. Muitos pilotos, liderados por Rossi, resistem à ideia de correr em Motegi, a cerca de 100 quilômetros de Fukushima. Nem um laudo de segurança apresentado pelos organizadores os convence. Agora, conseguiram reforço de peso: a Honda aderiu à ideia.


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