São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2005

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TÊNIS

Seleção vence o Uruguai por 3 a 2 e volta ao ponto em que estava antes de movimento contra ex-presidente da CBT

Brasil do boicote se resgata da 3ª divisão

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de um ano e meio após o início do boicote comandado pelos principais tenistas do país, o Brasil voltou exatamente ao lugar onde estava. E foram justamente os atletas que haviam se rebelado contra o então presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Nelson Nastás, os responsáveis por trazer a equipe brasileira de volta à segunda divisão da Davis.
Sem nomes como Fernando Meligeni, Gustavo Kuerten, Flávio Saretta e Ricardo Mello, o Brasil patinou e, com tenistas de ranking inexpressivo, chegou à sua pior posição na Davis desde a criação do Grupo Mundial, em 1981. Terminou de corrigir isso ontem, quando fechou vitória sobre o Uruguai por 3 a 2, sobre saibro, na casa do adversário.
O ponto negativo dos jogos de ontem foi a contusão de Gustavo Kuerten (297º no ranking da ATP), que torceu o pé direito e abandonou o confronto contra Pablo Cuevas (496º), quando perdia no segundo set por 2 a 0 -já havia cedido o primeiro set por 7 a 6. "Num ponto longo virei o pé e não conseguia mais apoiar, especialmente quando sacava. Tomara que não seja nada que me atrapalhe", disse Guga, que decidiu não atuar mais neste ano.
Mas a situação já estava definida a favor do Brasil. No primeiro jogo de ontem à tarde em Montevidéu, o número um do país, Ricardo Mello (88º no ranking) venceu de virada o uruguaio Marcel Felder (488º), por 3 a 1, parciais de 6/ 7, 6/1, 6/3 e 6/2.
Mello, que no início estava escalado para ficar no banco, atuou no último dia em substituição a Flávio Saretta (108º do mundo), que havia perdido confronto de simples na sexta-feira para Pablo Cuevas (3 a 1). Saretta também fora afastado do jogo de duplas -Guga atuou em seu lugar.
O outro confronto da sexta havia sido vencido justamente pelo tenista catarinense, ante Felder, por 3 a 1. Anteontem, Kuerten e André Sá (148º) venceram Cuevas e Martín Villarrubi (668º).
Com a vitória, o Brasil vai agora disputar o grupo 1 do Zonal Americano de 2006, ainda ao lado de países pouco tradicionais no esporte, como Equador, Venezuela, México e Peru. Se chegar à final, poderá novamente disputar a repescagem para o Grupo Mundial, de onde saiu em setembro de 2003, após derrota para o Canadá.
O Brasil substituirá no grupo 1 do zonal justamente o Paraguai, país que iniciou a queda da equipe brasileira em abril de 2004. O time do país vizinho foi rebaixado ontem pelo Peru, após ser derrotado por 5 a 0.

Final inédita
Eslováquia e Croácia farão uma decisão inédita no Grupo Mundial da Davis. Os dois países nunca haviam chegado à final da competição. A Eslováquia bateu em casa a Argentina por 4 a 1, enquanto que a Croácia venceu a Rússia, desfalcada de seu principal jogador, Marat Safin, por 3 a 2. A Alemanha definiu ontem sua volta ao Grupo Mundial após vencer a Republica Tcheca por 3 a 2.


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