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TÊNIS
Seleção vence o Uruguai por 3 a 2 e volta ao ponto em que estava antes de movimento contra ex-presidente da CBT
Brasil do boicote se resgata da 3ª divisão
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de um ano e meio após o
início do boicote comandado pelos principais tenistas do país, o
Brasil voltou exatamente ao lugar
onde estava. E foram justamente
os atletas que haviam se rebelado
contra o então presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Nelson Nastás, os responsáveis por
trazer a equipe brasileira de volta
à segunda divisão da Davis.
Sem nomes como Fernando
Meligeni, Gustavo Kuerten, Flávio Saretta e Ricardo Mello, o Brasil patinou e, com tenistas de ranking inexpressivo, chegou à sua
pior posição na Davis desde a
criação do Grupo Mundial, em
1981. Terminou de corrigir isso
ontem, quando fechou vitória sobre o Uruguai por 3 a 2, sobre saibro, na casa do adversário.
O ponto negativo dos jogos de
ontem foi a contusão de Gustavo
Kuerten (297º no ranking da
ATP), que torceu o pé direito e
abandonou o confronto contra
Pablo Cuevas (496º), quando perdia no segundo set por 2 a 0 -já
havia cedido o primeiro set por 7
a 6. "Num ponto longo virei o pé e
não conseguia mais apoiar, especialmente quando sacava. Tomara que não seja nada que me atrapalhe", disse Guga, que decidiu
não atuar mais neste ano.
Mas a situação já estava definida
a favor do Brasil. No primeiro jogo de ontem à tarde em Montevidéu, o número um do país, Ricardo Mello (88º no ranking) venceu
de virada o uruguaio Marcel Felder (488º), por 3 a 1, parciais de 6/
7, 6/1, 6/3 e 6/2.
Mello, que no início estava escalado para ficar no banco, atuou no
último dia em substituição a Flávio Saretta (108º do mundo), que
havia perdido confronto de simples na sexta-feira para Pablo
Cuevas (3 a 1). Saretta também fora afastado do jogo de duplas
-Guga atuou em seu lugar.
O outro confronto da sexta havia sido vencido justamente pelo
tenista catarinense, ante Felder,
por 3 a 1. Anteontem, Kuerten e
André Sá (148º) venceram Cuevas
e Martín Villarrubi (668º).
Com a vitória, o Brasil vai agora
disputar o grupo 1 do Zonal Americano de 2006, ainda ao lado de
países pouco tradicionais no esporte, como Equador, Venezuela,
México e Peru. Se chegar à final,
poderá novamente disputar a repescagem para o Grupo Mundial,
de onde saiu em setembro de
2003, após derrota para o Canadá.
O Brasil substituirá no grupo 1
do zonal justamente o Paraguai,
país que iniciou a queda da equipe brasileira em abril de 2004. O
time do país vizinho foi rebaixado
ontem pelo Peru, após ser derrotado por 5 a 0.
Final inédita
Eslováquia e Croácia farão uma
decisão inédita no Grupo
Mundial da Davis. Os dois países nunca haviam chegado à final da competição. A Eslováquia bateu em casa a Argentina
por 4 a 1, enquanto que a Croácia venceu a Rússia, desfalcada
de seu principal jogador, Marat Safin, por 3 a 2. A Alemanha
definiu ontem sua volta ao
Grupo Mundial após vencer a
Republica Tcheca por 3 a 2.
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