São Paulo, quarta-feira, 26 de setembro de 2007

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RÉGIS ANDAKU

Chega!

Talvez a culpa pelo tênis nacional não sair do lugar seja deste jornal, tão crítico; melhor falar de outra coisa?

O NOBRE leitor não repara, mas este colunista já foi "acusado" de tudo, por todos.
Principalmente de ser alguém "do contra". Tem sido assim ao longo dos anos, especialmente nestes últimos, enquanto a decadência do tênis nacional não encontra fim. Antes, este espaço recebia críticas, grosseiras até, por supostamente defender em demasia Nelson Nastás. E/ou por ignorar movimento contrário a ele -como se coubesse a este espaço ser panfletário ou político, algo até certo ponto comum em espaços de mídia ligados ao tênis, mas não em um jornal sério.
Depois, Jorge Lacerda da Rosa com plenos poderes, esta coluna causou calafrios quando, em um momento em que seus próprios apoiadores começaram a questioná-lo, pedia aos novos opositores que deixassem o homem trabalhar. O dirigente, antes crítico, gostou, mas o resto perguntava por quanto esta coluna havia se vendido -algo comum no tênis nacional, mas inconcebível neste espaço e neste jornal.
Quando a coluna criticava Gustavo Kuerten, era antipatriota; quando criticava Flávio Saretta, em nada ajudava. Quando desconsiderava Ricardo Mello, atrapalhava. Quando questionava Thiago Alves, nada construía. Quando duvidava do time da Davis, causava desarmonia.
E agora que este colunista tentava dividir com seus leitores as angústias de mais um ano fora da elite do tênis? E agora que a busca era por tentar entender por que tudo aconteceu como aconteceu? Melhor deixar para outra oportunidade.
Provavelmente os críticos deste crítico têm razão: talvez a culpa pelo tênis nacional não sair do lugar nestes últimos anos seja deste jornal e, especificamente, deste colunista. E de alguns colegas, igualmente críticos, que apenas atrapalham o desenvolvimento do tênis brasileiro (sim, são termos usados aqui e ali, meio escondidos, meio abertamente).
Então tá combinado: este espaço vai falar de coisas que de fato funcionam, de tenistas que realmente satisfazem o torcedor e inspiram o leitor. Vai deixar de fazer criticas aos pobres injustiçados e falar, vamos ver, do Torneio de Bancoc, ou Mumbai. Quem sabe assim o Brasil não volta ao Grupo Mundial da Davis?

EM SÃO PAULO
A Unisys Arena recebe neste fim de semana o Tennis Business 2007, evento que pelo quarto ano consecutivo vai reunir as principais marcas do tênis nacional e fomenta negócios na área. Sábado a partir das 12h, e domingo a partir das 9h. Vale uma visita.

PELO BRASIL
Caio Zampieri faturou o título do Future de Sorocaba ao derrotar Franco Ferreiro na decisão. No feminino, Carla Tiene ficou com o vice no Future de Itajaí. Perdeu a final para a argentina Verônica Spiegel. Nesta semana, Recife recebe outro Future masculino nas quadras do Squash Tennis Center.


reandaku@uol.com.br

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