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Ídolos, com poder e nomes com "x", salvam o planeta
Cesar Cielo, Giba, Diego Hypólito e Sandro Dias inspiram
heróis politicamente corretos de empresário e desenhista
Apesar de inédita e casar com projetos dos esportistas, "Os Super Atletas" tem entrave comum ao esporte olímpico para virar gibi e animação
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles são esportistas e reconhecidos mundialmente. E
agora, em ação inédita no país,
o jogador de vôlei Giba, o nadador Cesar Cielo, o ginasta Diego
Hypólito e o skatista Sandro
Dias ganharão um "x" no nome
e poderes para salvar o planeta.
Fruto de empreitada que já
dura quase um ano de pesquisas, os quatro esportistas são os
moldes de personagens de quadrinhos criados pelo desenhista Moacir Rodrigues e pelo empresário Pedro Rego Monteiro.
Gibonx, Sealox, Diexgon e
Sundiax formam uma liga, "Os
Super Atletas", politicamente
correta e cuja meta maior é preservar o ambiente, usando, na
luta para livrar o planeta dos
perigos, poderes inspirados em
suas habilidades como atletas.
"A ideia foi aproximar os heróis da realidade dos atletas,
dar-lhes caráter humano, tanto
que, para serem super, eles têm
de realizar tarefas comuns no
dia a dia, em treinos, trabalho
ou escola", diz Pedro.
Segundo o empresário da Effect Sport, o trabalho mais fácil
foi juntar e ter aval dos atletas.
Já a missão de criar os personagens, ambientá-los e elaborar as histórias foi árdua. "É difícil criar heróis pautados em
pessoas vivas. Não pode ser nada caricato, tem ser politicamente correto", diz Moacir, da
MW Editora e Ilustrações e que
desenha há mais de 40 anos.
Para conceber os heróis, o
cartunista tentou evitar "armadilhas". "Não dava, por exemplo, para especificar os redutos
dos atletas, senão cairíamos no
regionalismo Rio-SP. Eles são
do mundo. E os nomes tiveram
o xis, que remete aos X-Men,
para fixar a marca", diz Moacir.
Ele une os heróis por meio de
um mestre, Rainax, cercado de
mistérios, que os contata em
um QG ou por telepatia.
Os atletas, quase unânimes
ao citarem que a referência de
gibis foi a "Turma da Mônica",
dizem que o projeto casa com
planos pessoais. "A iniciativa é
excelente. Eu já tinha em mente pôr animação, um cartoon
no meu site. E sempre fui muito ligado a quadrinhos, pois minha vó tem banca de jornal em
Campinas", afirma Cesar Cielo.
Diego Hypólito já tinha até
externado esse desejo, ao oferecer para o Flamengo, a fim de
salvar a ginástica no clube, criar
um boneco seu. "Até me identifico com o Diexgon, pela força,
para treinar, superar lesões, dar
a volta por cima", diz o ginasta.
Para Sandro Dias, a experiência lhe tira um trauma. "Já
me desenharam, mas sempre
ficava muito feio. Agora não."
Já Giba, cujo personagem é
líder do grupo, destaca não ter
visto iniciativas iguais no exterior. "Além de o Gibonx manter
o símbolo do bigodão, que foi
marca nos títulos do Mundial e
da Olimpíada, ele ajudará a fixar minha imagem no país."
O público dos heróis terá entre 9 e 14 anos. "Eu não era muito de ler, mas é bom estimular
isso nos pequenos", diz Sandro.
Mas, apesar de inédito, o projeto já vive problema cativo aos
esportes no país, a falta de verba. "Temos negociado com editora, empresa de brinquedos e
até de alimentos", diz Pedro.
Além do gibi, que já tem quatro edições à espera de impressão, ele e Moacir trabalham no
www.ossuperatletas.com.br
e para conceber animações dos
heróis -um filme de cinco minutos, porém, custa R$ 100 mil.
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