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Unesp dá salário a pivôs de doping no atletismo
Entidade pública definirá o caso até o final do ano
JOSÉ EDUARDO MARTINS
ENVIADO ESPECIAL A ARARAQUARA
Apontados como os mentores do maior caso de doping sistemático da história do atletismo brasileiro, o fisiologista Pedro Balikian Jr. e os técnicos
Jayme Netto Jr. e Inaldo Sena
continuam a receber salário como funcionários públicos do
Estado de São Paulo.
A situação não deve mudar
até o fim deste ano. Afastados
temporariamente dos cargos
de docentes da Unesp, os três
não podem ser demitidos da
entidade nos próximos meses.
Ontem, a comissão de inquérito da universidade, na qual os
envolvidos dão aula, encerrou o
trabalho de apuração de dados.
Agora, será enviado um relatório para João Custódio da Silva, diretor do campus de Presidente Prudente (565 km a oeste de São Paulo) da Unesp, que
terá dez dias para definir qual
será o futuro do processo.
"Há duas possibilidades: ou
será aberto um processo administrativo disciplinar ou arquivamos. Até ser definido o caso,
eles seguem recebendo os seus
salários como funcionários",
explicou Luiz Felipe Barcellos,
assessor jurídico da Unesp.
Balikian não compareceu ontem, em Araraquara, outra cidade do interior paulista, para
prestar depoimento à comissão. Foi a segunda vez que o fisiologista se ausentou.
No primeiro depoimento, há
duas semanas, em Presidente
Prudente, justificou a sua falta
com um atestado de suspeita de
gripe suína (H1N1). Desta vez,
ele foi substituído por suas
duas advogadas (Tânia Rayes e
Ana Carolina Meireles).
Segundo as suas representantes, o fisiologista ainda não
acha que é o momento adequado para falar sobre o caso.
Além das advogadas de Balikian, foram ouvidos, há duas
semanas, os técnicos Jayme e
Sena. E foram anexadas as declarações dos atletas que participaram do esquema, em depoimentos à Confederação
Brasileira de Atletismo (CBAt).
Caso seja aberto o processo
administrativo, Balikian será
convocado a prestar depoimento, e a entidade tem até 90
dias para emitir um veredicto.
Em agosto, cinco atletas que
treinavam com Jayme e Sena,
em Presidente Prudente, foram
flagrados em teste-surpresa
com EPO (eritropoietina).
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