São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010

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Correria

Adilson Batista muda até treinos para deixar o Corinthians mais rápido, e time tenta manter liderança contra o Internacional, em Porto Alegre

Mauro Horita/Agif/Folhapress
O atacante Iarley, que será titular hoje contra o Inter

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O Corinthians, que hoje às 16h enfrenta o Internacional no Beira-Rio, está voando. Desde que chegou ao clube, há dois meses, Adilson Batista mudou até os métodos de preparação física para que o elenco aguentasse a correria que ele pretendia implantar.
A pedido do técnico, os treinamentos ficaram mais intensos. "O campeonato vai ser decidido entre setembro e outubro, quando os times vão jogar no meio e no final de semana", previu Adilson.
Seu time patinou nas primeiras vezes em que teve que jogar no meio da semana.
Mas recuperou a liderança graças a três vitórias seguidas, duas delas contra rivais diretos (Fluminense e Santos), fora de casa e com gols decisivos no segundo tempo, quando superou os adversários no preparo físico.
Nas últimas três partidas, a equipe anotou oito gols.
"Com o Mano [Menezes, técnico anterior] o time era mais estático, ficava mais parado, a gente tinha posição mais fixa", comparou o zagueiro Paulo André, que virou titular por causa da lesão de Chicão. "Isso mudou um pouco. Todo mundo troca de posição, corre o tempo todo."
A mudança na maneira de jogar, com muito mais velocidade e troca constante de posições, acontece ao mesmo tempo em que Adilson não pode contar com Ronaldo.
O camisa 9, que não consegue entrar em forma, não joga há quatro partidas. Após a Copa do Mundo, o centroavante participou de apenas duas das 16 partidas do Corinthians -jogou 62 minutos contra o Vitória e outros 45 ante o Atlético-PR.
Sem Ronaldo (e sem Dentinho, machucado há mais de um mês), Adilson montou um ataque de velocistas.
Tudo o que Elias, Bruno César, Jorge Henrique e Iarley menos gostam de fazer é cadenciar o jogo.
"Eu tenho jogado mais centralizado, mas eu sempre falo para o Adilson que eu gosto de sair para buscar a bola, cair para os lados. Se eu fico muito tempo sem pegar na bola, fico impaciente e nervoso", disse Iarley, 36, ainda com fôlego de sobra.
Adilson afirmou que só conseguiu implantar essa maneira de jogar porque seu elenco tem "jogadores experientes e conscientes".
Hoje, o Corinthians volta a correr risco de perder a liderança do Brasileiro. Com 47 pontos, o time de Adilson pode ser ultrapassado pelo Fluminense, que tem 45, uma vitória a menos (14 a 13) e um gol a mais de saldo (19 a 20).


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