GP de Cingapura
1º S. Vettel 1h59min06s757
2º J. Button a 1s737
3º M. Webber a 29s279

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A CINGAPURA

Um ponto. Na verdade, uma mera formalidade. Só isso separa Sebastian Vettel, 24, de entrar para a história como o mais jovem piloto a vencer dois Mundiais de F-1.
O piloto da Red Bull obteve uma brilhante vitória ontem nas ruas de Cingapura e viu seus principais rivais não oferecerem resistência.
Vettel só precisa de um décimo lugar no GP do Japão, em duas semanas, para não ter que se preocupar com o resultado de Jenson Button, o segundo ontem e o único que ainda tem chances.
"Acho que sou capaz de fazer um ponto, mas ainda tenho que fazê-lo. Estatisticamente, a chance é que isso aconteça, mas no esporte sabemos que as coisas nem sempre dão certo", declarou o cauteloso piloto alemão.
"Quando cruzei a linha de chegada, não sabia se seria suficiente para ser campeão aqui ou não", disse ele, após vencer a única corrida noturna da F-1 de ponta a ponta.
"Temos outra chance. Acho que, dessa vez, serei capaz de fazer as contas por mim mesmo e saber se consegui ou não", disse, às gargalhadas.
E o atual campeão tinha mesmo motivos para rir. Na mais longa e desgastante corrida do ano, reinou absoluto. Não foi ameaçado em momento algum. Largou da pole pela 11ª vez no ano e sumiu.
Com dez voltas, Vettel já tinha uma vantagem de 11s690 para Button, terceiro no grid, mas que ganhou a vice-liderança na largada. A "gordura" continuou aumentando, até que uma batida de Michael Schumacher na Sauber de Sergio Perez, na 29ª volta, forçou a entrada do safety car.
Vettel perdeu boa parte da vantagem que tinha, mas, apenas uma volta após o safety car deixar a pista, ele já tinha 8s973 para Button.
Daí até a bandeirada, foi apenas uma questão de tempo para que o alemão chegasse a seu nono triunfo na temporada, o 19º na carreira.
Como o piloto da McLaren não conseguia se aproximar o suficiente, Vettel até se deu ao luxo de fazer um pit stop a mais do que precisava só para "não ficar vulnerável em caso de um novo safety car".
"Estou muito feliz com o resultado. Acho que não dava para fazer muito mais do que fiz", afirmou o alemão, que festejou a vitória ao lado de alguns membros da equipe na Singapore Flyer, a maior roda gigante do mundo, bem ao lado do paddock.
Mas, apesar da festa, Vettel saiu de Cingapura com uma frustração: não ter feito a volta mais rápida da prova.


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