São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2008

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Basquete

NBA aprova replay para tirar dúvida de arbitragem

Uso de recurso eletrônico servirá para ajudar juízes da liga norte-americana em lances próximos à linha de 3 pontos

Medida é aprovada por donos de franquias, mas treinadores já temem que utilização de VT faça as partidas atrasarem muito

DA REPORTAGEM LOCAL

A direção da NBA aprovou o uso de replay para que a arbitragem tire dúvida em lances mais polêmicos. A iniciativa foi aprovada pelos dirigentes das franquias durante sua reunião anual, celebrada em Nova York.
Pela nova regra, que valerá a partir da temporada que começa na terça, a arbitragem poderá rever jogadas em que tenha que determinar se um arremesso foi de dois ou de três pontos.
O recurso eletrônico também será utilizado para determinar se uma falta foi cometida sobre o adversário antes ou depois da linha de três pontos.
Técnicos crêem que a mudança irá diminuir o índice de erros. "É realmente um aspecto importante [o uso do recurso eletrônico]", opinou Phil Jackson, do Los Angeles Lakers.
Na reunião dos proprietários das equipes também ficou decidido que os juízes poderão fazer uso do replay para corrigir falhas do cronômetro nos segundos finais de cada período.
Essa mudança foi uma reação das franquias a um lance polêmico ocorrido no segundo confronto das semifinais do Leste, entre Detroit e Orlando, na última temporada.
No final do terceiro quarto, Chauncey Billups, do Detroit, recolocou a bola em jogo com o relógio marcando pouco mais de cinco segundos para o fim.
O problema é que o cronômetro parou em quatro segundos. O armador conduziu a bola e acertou a cesta. Apesar de uma marcação informal feita pela TV ter mostrado que o tempo já havia sido finalizado, a cesta foi validada. O Detroit venceu a partida por 100 a 93 e o mata-mata por 4 a 1.
O sistema aprovado agora pela direção da NBA já é utilizado em outras modalidades.
No tênis, os atletas podem pedir a revisão de até três bolas polêmicas por set. O árbitro reavalia o lance pelo telão e pode reconsiderar sua decisão.
No futebol americano o juiz tem autonomia de rever os lances. O problema, para o basquete, é que muitas vezes tais paralisações atrasam a partida.
"Isso demanda talvez 15 minutos extras nas partidas [de futebol americano]. Claro que isso seria preocupante para nós", teme Phil Jackson.


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