São Paulo, Sexta-feira, 26 de Novembro de 1999


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SPARRING
Informatizado

EDUARDO OHATA

O primeiro foi o britânico Lennox Lewis, às vésperas de sua revanche com Evander Holyfield.
Agora, outro pugilista de primeira linha, Roy Jones Jr., reconhecido por todas as publicações especializadas como o melhor lutador da atualidade, aceitou o cinturão da inexpressiva IBO (em inglês, Organização Internacional de Boxe).
Coincidentemente, assim como Lewis, o meio-pesado Jones também já era campeão pelas três principais entidades a controlar o boxe ao ser presenteado com o cinturão da IBO: Conselho Mundial, Associação Mundial e Federação Internacional. Cheira a oportunismo.
Mas a IBO surge com um diferencial, embora dúbio, em relação aos demais organismos.
É que o ranking da entidade seria baseado em cálculos realizados por computadores, levando-se em conta a frequência com que os lutadores têm se apresentado, suas últimas performances, a qualidade dos rivais etc.
Assim, Jones superaria o segundo melhor meio-pesado do mundo, o alemão Dariusz Michalczewski, campeão pela Organização Mundial de Boxe, quarta entidade em ordem de importância a controlar o boxe (3.442 pontos a 3.083).
Esta coluna obteve uma cópia da última lista publicada, que traz os cem melhores em cada categoria de peso. A seguir, apenas a título de curiosidade, a colocação de alguns brasileiros, em suas respectivas categorias.
O pesado Adilson Rodrigues, o Maguila, aparece na 77ª posição, com 140 pontos. Lewis tem 3.210. Curiosamente, o campeão brasileiro dos cruzadores, George Arias (60º), ainda está a duas posições de Ezequiel Paixão (58º), que se aposentou após ser demolido pelo número um da lista, Fabrice Tiozzo.
O baiano Acelino Freitas, o Popó, aparece em quarto entre os superpenas, com 681 pontos. A ""estrela" da categoria, o norte-americano Floyd Mayweather, lutador do ano segundo a ""The Ring" em 1998, tem 2.022.

NOTAS
Amador
O Torneio dos Campeões não corre mais o risco de ser paralisado, pois a ação movida na Justiça por Servílio de Oliveira, única medalhista olímpico brasileiro no boxe, representando sua equipe, a A.D. São Caetano, foi indeferida. Ele alega que a competição põe em risco a vida de atletas. ""A decisão do juiz comprova que tínhamos razão", diz Newton
Campos, presidente da Federação Paulista. Oliveira vai dar continuidade ao processo, exigindo que o conteúdo das papeletas dos jurados seja divulgado (para evitar que boxeadores nocauteados lutem antes do fim do período de descanso) e que balanças eletrônicas sejam usadas nas pesagens (""para que pugilistas não lutem acima do limite de suas categorias").

Profissional
Rogério Lobo tenta no dia 18 o título sul-americano dos cruzadores da entidade Cone-Sul.

E-mail eohata@folhasp.com.br


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