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Giba encanta, e Brasil derrota os EUA no Mundial
Ponta marca 23 pontos, quase um set inteiro, na vitória por 3 a 0 na estréia do time na segunda fase, em Hiroshima
"Se formos consistentes assim nas próximas partidas temos boas chances de avançar às semifinais", prevê o técnico Bernardinho
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele ganhou quase um set inteiro sozinho e arrancou elogios de Bernardinho. Na melhor apresentação do Brasil até
agora no Mundial do Japão, foi
Giba quem roubou a cena.
Comandada pelo atacante, a
equipe brasileira marcou 3 sets
a 0 (25/19, 25/18 e 25/23) sobre
os EUA ontem, em sua estréia
na segunda fase do torneio.
Nessa madrugada, enfrentaria
a República Tcheca.
Giba, 29 anos e 1,92 m, foi
responsável por 23 pontos, 19
deles de ataque (63,3% de aproveitamento) e quatro de bloqueio. Foi também o melhor
bloqueador da partida.
"O Giba fez algumas jogadas
maravilhosas. É bonito vê-lo jogar, alguns de seus movimentos
são muito bonitos. É um jogador espetacular. Ele não é muito alto, então salta bem e consegue jogadas de efeito. Acho que
ele foi o jogador que mais deu
espetáculo hoje, mas talvez não
tenha sido o mais efetivo", afirmou Bernardinho. Segundo as
estatísticas da federação internacional, ele tem razão. André
Heller teve o melhor aproveitamento no ataque -83%.
O treinador brasileiro não
credenciou a vitória apenas a
Giba. O grande mérito, segundo
ele, foi a atitude assumida pelo
time. Desde a derrota para a
França, os jogadores têm evoluído e mostrado mais raiva e
vontade durante os jogos.
"Lutamos por cada bola, sem
deixar que os americanos notassem uma expressão de dúvida ou de relaxamento nos rostos dos nossos jogadores. Nós
estávamos tranqüilos. A sensação que temos agora é de que
ainda estamos vivos", afirmou
Bernardinho.
O Brasil foi tão consistente
durante a partida que só deixou
os EUA abrirem mais de um
ponto de vantagem no terceiro
set (8/6), quando o confronto
ficou mais equilibrado.
Com um saque forçado, os
norte-americanos dificultaram
um pouco o trabalho do levantador Ricardinho, mas não o
suficiente para evitar e derrota
por 3 sets a 0.
"Estivemos ainda mais atentos do que contra a Alemanha
[último confronto da primeira
fase]. Conseguimos achar um
bom padrão de jogo, com muita
concentração, muita força no
saque e todo mundo ligado na
defesa e um cobrando o outro.
Agora é tentar manter isso",
afirmou o líbero Escadinha.
Além de se aproximar da perfeição, a equipe brasileira afastou o fantasma norte-americano, seu maior algoz nos principais campeonatos sob o comando de Bernardinho.
Derrotas para o rival impulsionaram a seleção nas conquistas do título inédito no
Mundial de 2002 e da medalha
de ouro em Atenas-2004.
Os EUA também bateram o
Brasil na decisão da Copa América de 2005, em São Lourenço
(RS). Com isso, o time manteve
a sina de nunca ter conquistado
um título em casa.
Para buscar o troféu no Japão, os brasileiros precisam
vencer seus três próximos jogos. Depois da República Tcheca, a equipe encara Itália e Bulgária. Uma derrota faz a seleção
precisar de uma combinação de
resultados para avançar.
Para Bernardinho, no entanto, a apresentação de ontem já
deu um sinal do caminho que a
equipe deve seguir.
"Se formos consistentes assim nas próximas partidas temos boas chances de avançar às
semifinais", disse.
BRASIL - Ricardinho (3), André Nascimento
(13), Giba (23), Dante (9), Gustavo (7), André
Heller (8) e Escadinha, Anderson (2) e Marcelinho.
EUA - Suxho (3), Priddy (9), Polster (1), Millar (4), Hoff (4), Stanley e Lambourne, McKienzie (11), Salmon (10) e Gardner (5)
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