DA SUCURSAL DO RIO

Ao final do jogo em que o Flamengo venceu o Atlético-PR por 2 a 0 ontem à noite, o elenco do time carioca aplaudiu do campo a torcida, fazendo justiça a seu principal trunfo para que assegurasse vaga na Libertadores.
Jogaram-se no gramado, simulando peixinhos em direção aos torcedores, vestindo, sobre o uniforme, camisetas que repetiam o refrão das arquibancadas e cadeiras: "Raça, amor e paixão".
Na festa, foi erguida uma réplica da taça das bolinhas do Brasileiro, com a faixa "1º Pentacampeão do Brasil", ao lado de artistas em palco montado no gramado.
A vitória foi a redenção em semana atribulada para a torcida, que enfrentou a polícia, tiros para o alto e gás de pimenta na confusa troca promocional de 32 mil ingressos por produtos Nestlé.
Ontem, parte da torcida se vingou, gritando no estádio: "Tomar no cu, Nestlé!". O vice-presidente do Flamengo, Kléber Leite, defendeu a empresa: "Foi uma parceria que revolucionou o Brasileiro".
Antes do jogo, uma bandeira de 1.600 m2 (40% do tamanho do gramado do Maracanã) saudava a volta de crianças ao estádio, mas a paz foi mais uma vez perturbada pela Torcida Jovem, organizada cujos integrantes se confrontaram com a PM.

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