|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
São Paulo comemora no embalo do Queen
Quase 1 mês após ser campeão, time recebe taça no empate com o Botafogo
São Paulo 2
Botafogo 2
JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de 26 dias do jogo que
definiu o título, a vitória contra
o América-RN, o São Paulo enfim pôde erguer a taça de campeão Brasileiro. E em grande
estilo na trilha sonora, que teve
a balada "We are the champions", da banda britânica
Queen, como tema da vitória.
Mas a festa dos campeões no
Morumbi esteve perto de ser
manchada pelo Botafogo que,
ainda mordido pela derrota por
2 a 0 no primeiro turno quando
vislumbravam o título Nacional, queria ir à forra no salão de
comemorações do tricolor.
Prova disso foi que, em 20
minutos, os cariocas já tinham
dois gols de vantagem no placar, aproveitando-se da falta de
motivação dos donos da casa.
"O ruim de ser campeão antecipado é isso", reconheceu
Souza, que viu os gols de Lúcio
Flávio e Juninho sentado no
banco de reservas.
"O título tem de ser festejado, e a gente acaba tomando um
golinho a mais e faz coisas que
não faria no decorrer do campeonato", justificou o meia, que
como os companheiros se esbaldou na festança da última
terça-feira, em uma casa de
shows de São Paulo.
Também do banco, o técnico
Muricy Ramalho assistiu, sentado, a falta de entusiasmo de
seus jogadores em campo. Porém, a postura do treinador
mudou na segunda etapa, bem
como a dos seus comandados.
E se Muricy já passava a gritar e gesticular, os atletas procuravam se empenhar mais.
Aloísio tratou de diminuir a
diferença para 2 a 1, de cabeça,
aos 10min do tempo final, em
uma bobeira da zaga carioca.
Mas o tento que salvou a festa tricolor veio do jogador que
não tem seu nome gritado pela
torcida organizada do clube.
Foi do volante Richarlyson o
gol que igualou o placar, aos
39min, e livrou a equipe de receber o troféu com uma derrota. Após cobrança de falta, o camisa 20 se antecipou a zaga botafoguense e decretou o 2 a 2.
"Ficamos um pouco abaixo
no começo, mas depois encurralamos eles", disse "Ricky",
nome que usou no seu uniforme ontem, como forma de homenagear o técnico Muricy Ramalho, que o chama assim.
No final da disputa, a festa foi
da torcida. Rogério e companhia, que ainda não tiveram o
gostinho de levantar a taça das
bolinhas pelo pentacampeonato, puderam, finalmente, dar a
volta olímpica com o troféu de
campeão nas mãos.
E fizeram a festa, jogando para o alto Muricy. "Meu único
medo era que houvesse alguma
trairagem nesse alvoroço",
brincou o treinador, referindo-se aos jogadores que ficaram no
banco de reservas.
Ao ser indagado se se considerava o melhor técnico do
Brasileiro, Muricy, que concorre ao prêmio da categoria com o
flamenguista Joel Santana e o
palmeirense Caio Júnior, preferiu a imparcialidade.
"Me considero um bom técnico, estudioso e aplicado. Não
sou de falar bonito. Mas com
certeza trabalho para caramba", limitou-se a dizer o técnico, campeão também em 2006.
No próximo domingo, o São
Paulo joga com o Atlético-PR,
fora de casa, na última partida
do campeonato. Mas poucos titulares devem participar desde
jogo. "Agora é descansar bem
porque o pessoal já está falando
em Libertadores", disse Souza.
Texto Anterior: Última vaga: Cruzeiro cai, mas segue com chances Próximo Texto: Provocação: Cartola leva "taça" de 1986 Índice
|