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Parentes perdem conta de lutadores
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram tantos os boxeadores
produzidos ou ligados à dinastia
Jofre-Zumbano que até mesmo os
membros do clã se confundem
quando são questionados sobre o
número de lutadores na família.
Eder Jofre calcula que havia 12.
Henrique Matteucci, já morto,
biógrafo de Eder, autor de "O Galo de Ouro", no entanto, contabilizou pelo menos 27 lutadores -Raphael seria o 28º do clã.
É que, além dos membros consanguíneos, ele computou também agregados da família, como o ex-campeão europeu Hans Norbert, o "Metralhadora Austríaca",
que se radicou no Brasil e se casou
com Olga Zumbano, tia de Eder.
Curiosamente, Olga também
subiu ao ringue. Durante anos,
percorreu o Brasil com uma equipe de lutadoras de telecatch.
O pai de Eder, Aristides Jofre,
calçou as luvas pela primeira vez
em 1928, em sua terra natal, a Argentina. No mesmo ano, veio para
o Brasil, onde passou a treinar na
academia do irmão, Armando.
A família Zumbano iniciou-se
no boxe dois anos antes, em Mococa (174 km ao norte de São Paulo), com Higino e Waldemar. Futuros tios de Eder, os dois se mudaram para a capital paulista.
Então, em 1929, Aristides, que a
essa altura já era amigo de Higino
e Waldemar, se casou com Angelina, irmã de ambos os lutadores.
A união do casal marcou o início
da dinastia Jofre-Zumbano.
Segundo Eder, porém, a iniciação dos Jofre-Zumbano no boxe
foi antes da década de 20. E até
nessa história há controvérsia.
"Meu avô Salvador é que foi o
pioneiro da família. Ele foi obrigado a lutar uma ou duas vezes, pois
foi desafiado", conta Eder.
Parentes não confirmam a história de Eder e dizem que Salvador nunca subiu no ringue.
(EO)
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