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VÔLEI
As surpresas e revelações
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
A teoria todo mundo já conhecia: as principais estrelas
do vôlei masculino estão no exterior, logo há mais espaço nos times para as novas gerações, e a
tendência é que surjam mais revelações na Superliga.
Nas cinco primeiras rodadas, já
não faltam surpresas. As maiores
vêm de Santa Catarina.
O time foi formado neste ano. O
ex-jogador Renan, até então dirigente da Unisul, resolveu mudar
de função e de camisa.
Voltou a ser técnico e com a nova equipe de Florianópolis conquistou o título da Liga Nacional.
Resultado: ganhou vaga na Superliga e, após cinco rodadas, é a
surpresa da competição.
A equipe está invicta, com cinco
vitórias. Desempenho igualado
somente pela Ulbra/Ferraz, do
técnico Ricardo Navajas, que
também ainda não sofreu derrotas. E olha que o time catarinense
já passou por adversários como
Banespa, Bento Gonçalves e a favorita Unisul.
Você sabe que o torneio é longo
e muita coisa pode acontecer, mas
o certo é que o time de Florianópolis está redondinho.
A sua força está concentrada
em dois fundamentos: bloqueio e
levantamento. E quem está fazendo sucesso são dois jogadores
da nova geração: Sidão e Bruninho.
Nos cinco jogos que disputou, o
time assinalou 66 pontos de bloqueio, uma boa média de 13 por
jogo. A muralha tem nome: é o
central Sidão, 23 anos e 2,03 m. Só
ele fez 28 pontos de bloqueio.
Mais: já foi escolhido por três vezes nesta temporada o melhor jogador em quadra da sua equipe.
No levantamento, o dono da
bola é Bruninho, que já tem a
vantagem de carregar uma bela
herança genética: é filho da ex-jogadora Vera Mossa e do técnico
Bernardinho. Tem 19 anos, 1,90 m
e foi medalha de prata no último
Mundial Juvenil.
Na Superliga, Bruninho está fazendo a diferença. Rápido e habilidoso, lidera o ranking nas estatísticas de melhor levantador.
Uma grata surpresa, já que ele
tem concorrentes como Marlon,
do Minas; Talmo, do Banespa;
Rafa, da Ulbra; e Vinhedo, a revelação da última Superliga e que
hoje defende a Unisul.
Renan conseguiu um bom equilíbrio com um fator importante:
experiência e juventude. Ao lado
de Bruninho e Sidão, ele tem o
central Douglas, 35 anos e campeão olímpico em Barcelona, e o
ponteiro Dirceu, 30 anos. Completam a equipe titular o ponteiro
Zanuto, 22, e o oposto Bob, 26
anos e de 2,08 m.
Mas não dá para esquecer que o
campeonato promete muito equilíbrio. Sem grandes estrelas, as
forças ficaram divididas. Sete dos
doze clubes inscritos têm alguma
chance de chegar ao título. Além
de Florianópolis e Ulbra, tem Minas, Bento Gonçalves, Banespa,
Unisul e São Leopoldo.
Quem ainda não se acertou é a
Unisul. Em cinco jogos, sofreu três
derrotas.
O time do levantador Vinhedo,
do ponteiro Ezinho e do técnico
Zé Roberto Guimarães ocupa o
sétimo lugar. Vinhedo não tem
jogado tudo o que sabe e o time
também tem errado muito. Mas o
torneio está só começando.
Italiano 1
Os jogadores não têm folga no Italiano. Hoje, tem rodada completa.
O jogo mais aguardado reúne o Modena, do levantador Ricardinho,
e o Piacenza, do líbero Escadinha. O confronto vale a terceira colocação. O líder é do Treviso, do central Gustavo. O time tem quatro pontos a mais que o segundo, o Cuneo, dos atacantes Giba e Anderson.
Italiano 2
No feminino, o Campeonato Italiano deu uma pausa. A próxima rodada só será disputada no dia 8 de janeiro. Apenas um ponto separa
o Perugia, time de Fofão e Walewska, que está em terceiro lugar, do
Pesaro, da atacante Sheilla, que ocupa a quarta posição. A liderança é
do Bergamo, da italiana Francesca Piccinini. O Novara, da romena
Cristina Pirv e da cubana Taimarys Aguero, é o vice-líder.
E-mail - cidasan@uol.com.br
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