São Paulo, domingo, 27 de janeiro de 2008

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Lideranças organizam outras formas de protesto

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto a Olimpíada Tibetana é uma iniciativa voltada, sobretudo, para os exilados, lideranças em Dharamsala organizam outras formas de protesto, na tentativa de sensibilizar a mídia internacional voltada para Pequim pela causa tibetana.
E contam com o apoio do Dalai Lama, que, nesta semana, incitou protestos pacíficos contra a ocupação chinesa.
Na recepção da residência de "sua santidade", como ele é chamado na Índia, o visitante encontra cartões-postais com os anéis olímpicos e mensagens aos atletas do mundo.
Por trás do material de divulgação, há cinco ONGs tibetanas que têm uma meta muito mais ambiciosa em Pequim-2008.
Irão promover uma marcha de volta ao Tibete, saindo de Dharamsala em 10 de março, a "data nacional", e com previsão de chegar à fronteira indo-chinesa em 8 de agosto, dia da abertura dos Jogos Olímpicos.
"Queremos mobilizar milhares de pessoas e retornar à nossa terra. Chegando lá, vamos forçar a negociação com o governo chinês, para o retorno do Dalai Lama a Lhasa [capital tibetana] e a saída do Exército da China de lugares sagrados para o budismo tibetano. Não sabemos se seremos bem recebidos ou se enfrentaremos soldados armados, por isso temos planos B, C e D", diz Tenzin Palkyi, 25, pesquisadora da Associação das Mulheres Tibetanas.
Ela explica que o trajeto da marcha e outros detalhes de como pretendem atuar se for permitida a entrada no território sob domínio chinês são mantidos em sigilo, por segurança.
"Não aceitamos a tentativa da China de legitimar sua presença no Tibete", fala, ao ser indagada sobre a principal motivação de caminharem 1.500 km durante cinco meses. (LF)


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