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Lideranças organizam outras formas de protesto
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto a Olimpíada Tibetana é uma iniciativa voltada,
sobretudo, para os exilados, lideranças em Dharamsala organizam outras formas de protesto, na tentativa de sensibilizar a
mídia internacional voltada para Pequim pela causa tibetana.
E contam com o apoio do Dalai Lama, que, nesta semana,
incitou protestos pacíficos contra a ocupação chinesa.
Na recepção da residência de
"sua santidade", como ele é
chamado na Índia, o visitante
encontra cartões-postais com
os anéis olímpicos e mensagens
aos atletas do mundo.
Por trás do material de divulgação, há cinco ONGs tibetanas
que têm uma meta muito mais
ambiciosa em Pequim-2008.
Irão promover uma marcha
de volta ao Tibete, saindo de
Dharamsala em 10 de março, a
"data nacional", e com previsão
de chegar à fronteira indo-chinesa em 8 de agosto, dia da
abertura dos Jogos Olímpicos.
"Queremos mobilizar milhares de pessoas e retornar à nossa terra. Chegando lá, vamos
forçar a negociação com o governo chinês, para o retorno do
Dalai Lama a Lhasa [capital tibetana] e a saída do Exército da
China de lugares sagrados para
o budismo tibetano. Não sabemos se seremos bem recebidos
ou se enfrentaremos soldados
armados, por isso temos planos
B, C e D", diz Tenzin Palkyi, 25,
pesquisadora da Associação
das Mulheres Tibetanas.
Ela explica que o trajeto da
marcha e outros detalhes de como pretendem atuar se for permitida a entrada no território
sob domínio chinês são mantidos em sigilo, por segurança.
"Não aceitamos a tentativa
da China de legitimar sua presença no Tibete", fala, ao ser indagada sobre a principal motivação de caminharem 1.500 km
durante cinco meses.
(LF)
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