São Paulo, terça-feira, 27 de janeiro de 2009

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Murray mantém jejum britânico em Grand Slams

Tido como favorito após bom início de ano, escocês luta por 5 sets, mas perde de espanhol no Aberto da Austrália

"Não foi um desastre", diz o atleta ao engrossar a lista de fiascos do Reino Unido, sem vitória na principal série de torneios do tênis há 73 anos


DA REPORTAGEM LOCAL

Apontado como favorito no Aberto da Austrália, Andy Murray não conseguiu suplantar a sequência de fiascos britânicos em Grand Slams. O escocês foi derrotado ontem, nas oitavas-de-final, por Fernando Verdasco por 3 sets a 2 (parciais de 2/6, 6/1, 1/ 6, 6/3 e 6/4).
"Estou desapontado. Mas tentarei aprender com a derrota. Não foi um desastre. Ainda estou jogando bem", ponderou.
"Perdi para um grande tenista em um jogo disputado. Terei outras chances para vencer um Grand Slam", acrescentou ele, que mesmo assim não perderá a quarta posição do ranking.
Desde 1936 um tenista do Reino Unido não triunfa em um Grand Slam. O último a atingir a façanha foi Fred Perry, no Aberto dos EUA daquele ano. Na Austrália, o jejum é maior. A última taça foi obtida há 75 anos, também por Perry.
Murray parecia o tenista adequado para dar fim à longa sina de fracassos. Ele chegou a Melbourne credenciado pelo bom desempenho nas competições do início da temporada. O tenista venceu o Torneio de Abu Dhabi, de exibição, e o Torneio de Doha, quando despachou nas semifinais Roger Federer, o número dois do mundo.
Badalado ao chegar a Melbourne, Murray despertou ciúme em Federer, que disse que o escocês precisaria ganhar um Grand Slam para provar suas qualidades. Não bastasse isso, com poucos pontos a defender, Murray podia, caso triunfasse na Austrália, ficar mais próximo da terceira posição no ranking, hoje em poder de Novak Djokovic, seu amigo pessoal.
Suas expectativas foram minadas após três horas e dois minutos de um duelo em que ambos os tenistas tiveram chance de sair de quadra vitoriosos.
O equilíbrio se manteve até o último set, quando o espanhol quebrou o saque de Murray no sétimo game. Em desvantagem, ele salvou dois match- -points antes de ceder a vitória.
Murray, 21, batera Verdasco nas cinco vezes em que já haviam se encontrado, incluindo uma vitória na segunda rodada do Aberto da Austrália de 2008.
Após o triunfo, Verdasco, 25, não se esquivou de perguntas embaraçosas, como o fim de seu relacionamento com Ana Ivanovic, quinta do ranking feminino. "Vivi situações difíceis não só pela ruptura com a Ana, mas também por causa de problemas familiares", declarou.
"Mas soube separar o fato de estar passando mal emocionalmente e dar em quadra o máximo para ganhar", comentou.
Dirigido por Gil Reyes, ex- -técnico de Andre Agassi, Verdasco diz que seus treinos o ajudaram a superar o momento ruim. "É difícil, mas a vida muitas vezes é dura. É preciso ser forte para sair dos problemas com garra e dar o melhor de si."
Já o líder do ranking mundial, o espanhol Rafael Nadal, não deu espaço para a zebra e avançou às quartas-de-final do Grand Slam australiano ao superar o chileno Fernando González por 6/3, 6/2 e 6/4.


NA TV - Aberto da Austrália
ESPN, ao vivo, às 22h



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