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Murray mantém jejum britânico em Grand Slams
Tido como favorito após bom início de ano, escocês luta por 5 sets, mas perde de espanhol no Aberto da Austrália
"Não foi um desastre", diz o atleta ao engrossar a lista de fiascos do Reino Unido, sem vitória na principal série de torneios do tênis há 73 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Apontado como favorito no
Aberto da Austrália, Andy Murray não conseguiu suplantar a
sequência de fiascos britânicos
em Grand Slams. O escocês foi
derrotado ontem, nas oitavas-de-final, por Fernando Verdasco por 3 sets a 2 (parciais de
2/6, 6/1, 1/ 6, 6/3 e 6/4).
"Estou desapontado. Mas
tentarei aprender com a derrota. Não foi um desastre. Ainda
estou jogando bem", ponderou.
"Perdi para um grande tenista em um jogo disputado. Terei
outras chances para vencer um
Grand Slam", acrescentou ele,
que mesmo assim não perderá
a quarta posição do ranking.
Desde 1936 um tenista do
Reino Unido não triunfa em
um Grand Slam. O último a
atingir a façanha foi Fred Perry,
no Aberto dos EUA daquele
ano. Na Austrália, o jejum é
maior. A última taça foi obtida
há 75 anos, também por Perry.
Murray parecia o tenista adequado para dar fim à longa sina
de fracassos. Ele chegou a Melbourne credenciado pelo bom
desempenho nas competições
do início da temporada. O tenista venceu o Torneio de Abu
Dhabi, de exibição, e o Torneio
de Doha, quando despachou
nas semifinais Roger Federer, o
número dois do mundo.
Badalado ao chegar a Melbourne, Murray despertou ciúme em Federer, que disse que o
escocês precisaria ganhar um
Grand Slam para provar suas
qualidades. Não bastasse isso,
com poucos pontos a defender,
Murray podia, caso triunfasse
na Austrália, ficar mais próximo da terceira posição no ranking, hoje em poder de Novak
Djokovic, seu amigo pessoal.
Suas expectativas foram minadas após três horas e dois minutos de um duelo em que ambos os tenistas tiveram chance
de sair de quadra vitoriosos.
O equilíbrio se manteve até o
último set, quando o espanhol
quebrou o saque de Murray no
sétimo game. Em desvantagem, ele salvou dois match-
-points antes de ceder a vitória.
Murray, 21, batera Verdasco
nas cinco vezes em que já haviam se encontrado, incluindo
uma vitória na segunda rodada
do Aberto da Austrália de 2008.
Após o triunfo, Verdasco, 25,
não se esquivou de perguntas
embaraçosas, como o fim de
seu relacionamento com Ana
Ivanovic, quinta do ranking feminino. "Vivi situações difíceis
não só pela ruptura com a Ana,
mas também por causa de problemas familiares", declarou.
"Mas soube separar o fato de
estar passando mal emocionalmente e dar em quadra o máximo para ganhar", comentou.
Dirigido por Gil Reyes, ex-
-técnico de Andre Agassi, Verdasco diz que seus treinos o
ajudaram a superar o momento
ruim. "É difícil, mas a vida muitas vezes é dura. É preciso ser
forte para sair dos problemas
com garra e dar o melhor de si."
Já o líder do ranking mundial, o espanhol Rafael Nadal,
não deu espaço para a zebra e
avançou às quartas-de-final do
Grand Slam australiano ao superar o chileno Fernando González por 6/3, 6/2 e 6/4.
NA TV - Aberto da Austrália
ESPN, ao vivo, às 22h
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