São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 2006

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Árbitros perdem o rumo, e Santos ruma para o título

Em rodada caótica no apito, Palmeiras e Corinthians empatam e deixam time da Vila decolar

DA REPORTAGEM LOCAL

Não faltaram jogadores e técnicos partindo para cima dos árbitros na rodada que colocou o Santos ainda mais perto do título do Campeonato Paulista-06.
Pênaltis inexistentes, enxurrada de expulsões, bandeirinhas trapalhões e uma inusitada confusão "high-tech" no Palmeiras x Corinthians colocaram contra a parede o combalido apito paulista.
A lambança no Morumbi foi inédita. Palmeirenses e corintianos empatavam em 1 a 1 (que acabou sendo o placar final). Em uma arrancada, Tevez fez um golaço. O juiz Cleber Wellington Abade e a bandeirinha Ana Paula Oliveira correram para o meio-campo, validando o gol.
Depois das queixas dos palmeirenses, que pediam falta de Tevez sobre Leonardo Silva, o gol foi anulado. Tudo isso com o trio do apito usando um inédito sistema de comunicação entre eles.
Mas este não foi o único lance polêmico do jogo. Os corintianos reclamaram da falta que deu origem ao gol do rival.
Os palmeirenses se queixaram de uma bola que teria ultrapassado a linha da meta defendida pelo corintiano Marcelo.
O resultado do Morumbi, que acabou com qualquer chance de o milionário Corinthians conquistar o Paulista, ajudou o Santos, que abriu quatro pontos sobre Palmeiras e São Paulo e pode ganhar o título na quarta-feira, caso vença o Bragantino, na Vila, e Palmeiras e São Paulo não ganhem.
Sem depender de outros resultados, o Santos pode ganhar o título no domingo, quando enfrenta o São Paulo no Morumbi.
Os santistas bateram o Juventus no sábado, em outro jogo que o apito foi preponderante. Rodrigo Braghetto expulsou três juventinos, revoltando o time da Mooca.
Na luta contra o rebaixamento, trapalhadas da arbitragem influenciaram diretamente pelo menos uma partida.
No sábado, Guarani e Santo André empataram em 2 a 2. O gol de empate dos campineiros, já nos acréscimos, foi marcado em um pênalti inexistente, que foi indicado para o juiz pelo bandeirinha. Na saída para o vestiário, o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza chorava.
Se tivesse levado para casa os dois pontos, o Santo André estaria bem mais perto de permanecer na primeira divisão. Sem o ponto que ganhou com a ajuda do apito, o Guarani, que segue na zona da degola (com Marília, Portuguesa e Mogi Mirim), estaria ainda mais perto do rebaixamento à segunda divisão.
Em Americana, na vitória do São Paulo sobre o Rio Branco (4 a 2), Antônio Rogério Batista do Prado, mesmo acertando na maioria dos lances, foi peitado por jogadores dos dois times. Recebeu como "punição" das arquibancadas o grito de "Edílson", que tomou conta dos estádios após o escândalo que tinha a arbitragem paulista de protagonista.


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