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Feio e ofensivo, São Paulo joga para atingir G4
Ainda em formação e em má fase, time deve ter três atacantes na partida que pode levá-lo para a zona de classificação do Paulista
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Jogo numa quinta-feira, contra o time modesto do Sertãozinho, começando às 21h45 e
com a equipe pedindo que não
se espere futebol bonito. O são-paulino que for ao Morumbi
hoje é, antes de tudo, um forte.
A partida é decisiva para as
pretensões do time rumo às semifinais do Paulista. Após a
derrota do Corinthians e o empate da Ponte Preta, uma vitória pode levar o time ao segundo lugar, caso o Guaratinguetá
não vença hoje o Mirassol.
A necessidade de vitória é tamanha que Muricy Ramalho
acena com uma formação com
três atacantes: Adriano, que retorna de suspensão cumprida,
Borges, que volta a ser titular
após um jogo no banco, e Dagoberto, que estaria mais preso à
criação no meio-campo.
Um dos preferidos do treinador, devido à velocidade, o atacante entraria na vaga de Carlos Alberto, com atuação apagada contra o Guarani.
A perspectiva de público é
duvidosa, e nas declarações do
time reconhece-se que a equipe
não tem correspondido ao
apoio que conseguiu. E depois
do discurso dado após o 1 a 0 sobre o Guarani, no qual defendiam o futebol de magros resultados, os atletas sabem que motivar o torcedor é tarefa difícil.
"Eu preferia que esse jogo
fosse bem mais cedo", diz o zagueiro André Dias, que lamenta
o horário. "Se fosse às 19h ou às
20h seria melhor. Mas é jogo
decisivo, mesmo que a equipe
ainda não tenha se achado."
Para o beque, a chance de a
partida ser empolgante é pequena, por causa da provável
retranca do adversário.
Contratado devido ao futebol
rápido e vistoso, Dagoberto vê
simplesmente o problema do
entrosamento. "Estamos indo
para o 20º jogo com a 20ª escalação diferente. Não tem como
o time encaixar assim", diz ele.
O time não terá Richarlyson
nem Hernanes, com a seleção.
Atrás do melhor posicionamento, o técnico do São Paulo
comandou ontem um treino
cujos primeiros minutos foram
fechados à imprensa, como já é
praxe nas vésperas de jogo.
Para ele, também existe uma
campanha velada para tirar
lances de beleza do futebol.
"Hoje em dia você não pode
dar uma caneta [bola entre as
pernas] nem dar um drible que
chega um monte de gente dizendo que isso é falta de respeito. Isso também precisa acabar", afirma Muricy.
A exemplo do São Paulo, o
Sertãozinho, ameaçado de rebaixamento, também treinou
com portas fechadas, a pedido
do técnico Lori Sandri.
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