São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2008

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Feio e ofensivo, São Paulo joga para atingir G4

Ainda em formação e em má fase, time deve ter três atacantes na partida que pode levá-lo para a zona de classificação do Paulista

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Jogo numa quinta-feira, contra o time modesto do Sertãozinho, começando às 21h45 e com a equipe pedindo que não se espere futebol bonito. O são-paulino que for ao Morumbi hoje é, antes de tudo, um forte.
A partida é decisiva para as pretensões do time rumo às semifinais do Paulista. Após a derrota do Corinthians e o empate da Ponte Preta, uma vitória pode levar o time ao segundo lugar, caso o Guaratinguetá não vença hoje o Mirassol.
A necessidade de vitória é tamanha que Muricy Ramalho acena com uma formação com três atacantes: Adriano, que retorna de suspensão cumprida, Borges, que volta a ser titular após um jogo no banco, e Dagoberto, que estaria mais preso à criação no meio-campo.
Um dos preferidos do treinador, devido à velocidade, o atacante entraria na vaga de Carlos Alberto, com atuação apagada contra o Guarani.
A perspectiva de público é duvidosa, e nas declarações do time reconhece-se que a equipe não tem correspondido ao apoio que conseguiu. E depois do discurso dado após o 1 a 0 sobre o Guarani, no qual defendiam o futebol de magros resultados, os atletas sabem que motivar o torcedor é tarefa difícil.
"Eu preferia que esse jogo fosse bem mais cedo", diz o zagueiro André Dias, que lamenta o horário. "Se fosse às 19h ou às 20h seria melhor. Mas é jogo decisivo, mesmo que a equipe ainda não tenha se achado."
Para o beque, a chance de a partida ser empolgante é pequena, por causa da provável retranca do adversário.
Contratado devido ao futebol rápido e vistoso, Dagoberto vê simplesmente o problema do entrosamento. "Estamos indo para o 20º jogo com a 20ª escalação diferente. Não tem como o time encaixar assim", diz ele. O time não terá Richarlyson nem Hernanes, com a seleção.
Atrás do melhor posicionamento, o técnico do São Paulo comandou ontem um treino cujos primeiros minutos foram fechados à imprensa, como já é praxe nas vésperas de jogo.
Para ele, também existe uma campanha velada para tirar lances de beleza do futebol.
"Hoje em dia você não pode dar uma caneta [bola entre as pernas] nem dar um drible que chega um monte de gente dizendo que isso é falta de respeito. Isso também precisa acabar", afirma Muricy.
A exemplo do São Paulo, o Sertãozinho, ameaçado de rebaixamento, também treinou com portas fechadas, a pedido do técnico Lori Sandri.


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