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Rússia ainda atrai Alberto, "com 1 pulmão"
DA REPORTAGEM LOCAL
"Tenho um pulmão a menos, mas valeu a pena."
É assim que o atacante Alberto, hoje no Barueri, avalia
sua passagem pelo futebol
russo, onde jogou após despontar no cenário doméstico
como artilheiro do Santos
campeão brasileiro de 2002.
"Na época, tinha 27 anos.
A atenção era toda para os
meninos da equipe, e eu me
sentia como coadjuvante.
Então optei por sofrer um
pouco na Rússia, para ajudar
a vida da minha família."
Em 2004, em sua segunda
temporada no Dínamo Moscou, veio o trauma. "O doutor falava que eu tinha dor
muscular, mas era pneumonia. Passei 12 dias piorando."
Quando, enfim, descobriram qual era seu problema,
ele passou 15 dias internado
em estado grave. "Se fosse
uma criança ou uma pessoa
de idade provavelmente não
teria saído da UTI."
Depois que sarou, fez
questão de voltar ao clube
para cumprir o restante de
seu contrato, antes de ser repatriado pelo Corinthians.
Mas uma contusão no joelho
enquanto defendia o time alvinegro precipitou sua terceira ida ao país europeu.
"Tive medo de continuar
no Brasil e me queimar na
recuperação da cirurgia, aí
preferi ir novamente para a
Rússia." No mesmo time?
"Não, em outro time, cujo
nome não lembro", responde ele, sem citar o Rostov.
Em 2006, foi novamente
repatriado, passando por
Atlético-MG e Coritiba.
E no ano passado passou
novamente por uma transferência internacional, dessa
vez para o japonês Ventforet
Kofu. "Era da primeira divisão, mas agora está na segunda. E, se bobear, cai de novo
para a terceira", avalia.
No início da temporada,
assinou por um ano com o
Barueri. Mas, a um mês de
completar 33 anos, e depois
das conturbadas experiências pelo futebol internacional, ele ainda sonha em jogar
mais uma vez em algum clube de fora do país.
"Pode ser na Rússia. Até
comentei recentemente
com minha mulher que, se
surgir uma nova proposta de
lá, eu iria de novo. Afinal de
contas, já conheço de perto a
realidade de jogar no futebol
russo."
(LF E RM)
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