São Paulo, domingo, 27 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Após 78 gols, finalistas têm tira-teima ofensivo

Com 39 tentos, Ponte e Palmeiras possuem ataques mais positivos do Estadual

Alex Mineiro minimiza meta de terminar o campeonato no topo do rol de goleadores e diz que artilharia na final fica em segundo plano


RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS

TONI ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A ATIBAIA

Na primeira fase do Paulista foram 36 gols para cada lado. Agora, na decisão, as duas equipes voltam a se encontrar, e o placar de tentos marcados continua empatado: 39.
Na guerra de nervos que cerca uma decisão de campeonato, Ponte Preta e Palmeiras abrem as finais do Estadual com uma promessa pródiga: a de ter a artilharia pesada como destaque.
No badalado Palmeiras, os holofotes focam Alex Mineiro, vice-artilheiro da competição e homem-gol que tenta desbancar o goleiro Aranha.
Na Ponte, o conjunto é o forte do técnico Sérgio Guedes, que dilui a artilharia entre seus comandados, mas não economiza a busca pela meta do rival.
"A Ponte criou um estilo próprio de atuar e não pode mudar agora. Jogar em casa vai ser um trunfo que não podemos desperdiçar", declara o treinador da equipe de Campinas.
Já para Vanderlei Luxemburgo, a grande responsabilidade está com os jogadores. "Eles são os artistas do espetáculo. Vou trabalhar o foco dos meus jogadores na Ponte Preta e manter a filosofia de sempre", diz o treinador palmeirense.
O principal nome quando se fala em gol na equipe do Parque Antarctica é Alex Mineiro, que tem 12 e ainda tenta alcançar ou até mesmo ultrapassar Kléber Pereira, do Santos, que marcou um a mais. Apesar de o próprio minimizar a importância de terminar o campeonato no topo da tábua de artilheiros.
"Numa final, a artilharia fica em segundo plano. Mas acho que, em jogos assim, o elemento surpresa acaba decidindo. O que sei é que a marcação vai ficar muito mais apertada em cima dos principais jogadores", afirma o camisa 9.
Ciente disso, o meia Valdivia, oito gols no Estadual, lembrou da importância que os coadjuvantes terão na final.
"Gostaria de decidir, mas se o Gustavo ou o Henrique, que são zagueiros, marcarem, vou comemorar do mesmo jeito. Independentemente de quem for decisivo, o fundamental vai ser ganhar esse título, que para mim será muito importante."
Das 21 partidas disputadas no campeonato, o Palmeiras só não balançou as redes dos adversários em quatro oportunidades. O mesmo aconteceu com a Ponte Preta.
A maior goleada do time de Luxemburgo foi um 5 a 2 ante o Bragantino. A equipe de Sérgio conseguiu o mesmo placar contra o Juventus.
A fome de gols, para o atacante Denílson, não pode resultar em pressa na hora de ir à frente. Foi com essa fórmula que, segundo ele, a equipe despachou o São Paulo no jogo de volta da semifinal por 2 a 0.
"E não podemos esquecer que a Ponte Preta está num ótimo momento, classificou-se com duas vitórias sobre o Guaratinguetá", cita o jogador.
Segundo o Datafolha, a principal arma palmeirense na hora de marcar seus gols está nas penalidades (sete) e nos lances de cabeça (nove). Já a Ponte Preta tem a seu favor as jogadas individuais (sete gols saíram assim)
"Temos que ter cuidado. Palmeiras e Ponte são as equipes que mais fizeram gols no campeonato. Precisamos nos impor", diz o volante Bilica, um dos que serão responsáveis por impedir que o time da capital ataque a meta de Aranha.
O principal problema para o time campineiro é que seu goleador, o meia Renato, autor de oito gols no Paulista, está suspenso e não joga hoje.
Na frente, a surpresa poderá vir dos pés de Wanderley, que se disse "abençoado" ao marcar o segundo tento diante do Guaratinguetá, na segunda partida da semifinal, dois minutos após ter entrado na partida.


NA TV - Ponte Preta x Palmeiras
Globo (para SP), Band e Sportv, ao vivo, às 16h



Texto Anterior: Segurança: PM usará mais de 700 homens
Próximo Texto: Retaguarda: Defesa palmeirense manda vantagem para Luxemburgo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.