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Após 78 gols, finalistas têm tira-teima ofensivo
Com 39 tentos, Ponte e Palmeiras possuem ataques mais positivos do Estadual
Alex Mineiro minimiza meta de terminar o campeonato no topo do rol de goleadores e diz que artilharia na final fica em segundo plano
RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS
TONI ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A ATIBAIA
Na primeira fase do Paulista
foram 36 gols para cada lado.
Agora, na decisão, as duas equipes voltam a se encontrar, e o
placar de tentos marcados continua empatado: 39.
Na guerra de nervos que cerca uma decisão de campeonato,
Ponte Preta e Palmeiras abrem
as finais do Estadual com uma
promessa pródiga: a de ter a artilharia pesada como destaque.
No badalado Palmeiras, os
holofotes focam Alex Mineiro,
vice-artilheiro da competição e
homem-gol que tenta desbancar o goleiro Aranha.
Na Ponte, o conjunto é o forte do técnico Sérgio Guedes,
que dilui a artilharia entre seus
comandados, mas não economiza a busca pela meta do rival.
"A Ponte criou um estilo próprio de atuar e não pode mudar
agora. Jogar em casa vai ser um
trunfo que não podemos desperdiçar", declara o treinador
da equipe de Campinas.
Já para Vanderlei Luxemburgo, a grande responsabilidade está com os jogadores.
"Eles são os artistas do espetáculo. Vou trabalhar o foco dos
meus jogadores na Ponte Preta
e manter a filosofia de sempre",
diz o treinador palmeirense.
O principal nome quando se
fala em gol na equipe do Parque
Antarctica é Alex Mineiro, que
tem 12 e ainda tenta alcançar
ou até mesmo ultrapassar Kléber Pereira, do Santos, que
marcou um a mais. Apesar de o
próprio minimizar a importância de terminar o campeonato
no topo da tábua de artilheiros.
"Numa final, a artilharia fica
em segundo plano. Mas acho
que, em jogos assim, o elemento surpresa acaba decidindo. O
que sei é que a marcação vai ficar muito mais apertada em cima dos principais jogadores",
afirma o camisa 9.
Ciente disso, o meia Valdivia,
oito gols no Estadual, lembrou
da importância que os coadjuvantes terão na final.
"Gostaria de decidir, mas se o
Gustavo ou o Henrique, que
são zagueiros, marcarem, vou
comemorar do mesmo jeito.
Independentemente de quem
for decisivo, o fundamental vai
ser ganhar esse título, que para
mim será muito importante."
Das 21 partidas disputadas
no campeonato, o Palmeiras só
não balançou as redes dos adversários em quatro oportunidades. O mesmo aconteceu
com a Ponte Preta.
A maior goleada do time de
Luxemburgo foi um 5 a 2 ante o
Bragantino. A equipe de Sérgio
conseguiu o mesmo placar
contra o Juventus.
A fome de gols, para o atacante Denílson, não pode resultar em pressa na hora de ir à
frente. Foi com essa fórmula
que, segundo ele, a equipe despachou o São Paulo no jogo de
volta da semifinal por 2 a 0.
"E não podemos esquecer
que a Ponte Preta está num ótimo momento, classificou-se
com duas vitórias sobre o Guaratinguetá", cita o jogador.
Segundo o Datafolha, a principal arma palmeirense na hora
de marcar seus gols está nas penalidades (sete) e nos lances de
cabeça (nove). Já a Ponte Preta
tem a seu favor as jogadas individuais (sete gols saíram assim)
"Temos que ter cuidado. Palmeiras e Ponte são as equipes
que mais fizeram gols no campeonato. Precisamos nos impor", diz o volante Bilica, um
dos que serão responsáveis por
impedir que o time da capital
ataque a meta de Aranha.
O principal problema para o
time campineiro é que seu goleador, o meia Renato, autor de
oito gols no Paulista, está suspenso e não joga hoje.
Na frente, a surpresa poderá
vir dos pés de Wanderley, que
se disse "abençoado" ao marcar
o segundo tento diante do Guaratinguetá, na segunda partida
da semifinal, dois minutos após
ter entrado na partida.
NA TV - Ponte Preta x Palmeiras
Globo (para SP), Band e Sportv, ao
vivo, às 16h
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