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Com dobradinha, Daiane e Laís dominam a Copa
Ginasta gaúcha se torna a líder em ouros, e atleta paulista, a que mais obteve pódios no ciclo 2005/2006 do torneio
Triunfo na estréia de série no solo ajuda a principal ginasta do país a encerrar jejum e a apagar derrota sofrida no Mundial de 2005
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Daiane dos Santos e Laís
Souza protagonizaram em
Moscou a primeira dobradinha
da ginástica artística brasileira
em um pódio da Copa do Mundo e se consolidaram como líderes no ranking do torneio.
Em sua primeira competição
no ano e na primeira final com
sua nova série de solo, embalada pela música "Isto aqui o que
é", Daiane se apresentou por
1min27s, mostrou-se mais uma
vez superior às rivais e conquistou seu nono ouro na Copa.
Com nota 15,300, a ginasta
gaúcha cumpriu sua meta de
apagar a imagem da derrota no
Mundial de 2005, quando era
favorita e terminou em sétimo
lugar, e conseguiu quebrar um
jejum que já lhe incomodava.
"Graças a Deus, ganhei outra
vez na Copa. Fazia tempo já",
afirmou Daiane, que não subia
ao lugar mais do pódio desde 22
de outubro do ano passado,
quando venceu em Stuttgart.
Agora, ela é a ginasta com
mais ouros no ciclo 2005/2006
da Copa -ostenta quatro, além
de duas medalhas de pratas. E
mais: a atleta, que atuou sem
patrocínio pela primeira vez
em quatro anos, deu grande
passo para angariar apoiadores.
Segundo seu advogado, Cristian do Carmo Rios, duas empresas, uma do setor serviços
bancários e outra de material
esportivo, já mostraram interesse em associar a imagem à líder do ranking mundial de solo.
"A competição foi excelente.
Conseguimos mostrar tudo o
que estamos treinando", disse
Daiane, 23, que teve a seu lado
no pódio Laís Souza, 17, e ainda
foi sétimo lugar nas paralelas.
A ginasta paulista, que atuou
em três finais em Moscou, faturou duas medalhas. Além da
prata no solo, em que também
competiu com música de Ary
Barroso ("Aquarela do Brasil"),
ela obteve um bronze no salto.
Com isso, Laís segue como a
atleta que mais foi ao pódio na
Copa 2005/2006: 11 vezes (2
ouros, 4 pratas e 5 bronzes).
Para a Confederação Brasileira de Ginástica, que fez seu
maior investimento para uma
etapa da Copa -foram empregados R$ 43.948 para levar seis
atletas e os técnicos à Rússia-,
os resultados foram muito bons
e poderiam ser ainda melhores.
"Poderíamos ter feito uma
Copa ainda mais inesquecível",
diz Eliane Martins, supervisora
de seleções da CBG, referindo-se às quedas de Laís e Daniele
Hypólito na trave, que deixaram as atletas respectivamente
na oitava e na quinta colocação.
No masculino, o único brasileiro na final, Adan Souza, também caiu no salto e sofreu uma
luxação no joelho direito, que
teve que ser imobilizado.
Agora, os atletas só voltam a
atuar em Xangai (14 a 16 de julho), após a outra Copa do
Mundo, a de futebol.
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