DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção japonesa de softbol privou o time do Brasil de uma de suas melhores jogadoras de todos os tempos, Cecília Mika Someya.
A atleta é uma das 40 pré-selecionadas pela equipe nacional do Japão que já treina para os Jogos Olímpicos de Pequim, no ano que vem.
Por causa disso, ela não irá aos Jogos Pan-Americanos, diz o presidente da confederação brasileira, Jorge Otsuka, que aprova a "deserção".
"A gente contava com ela, que vinha com a experiência de jogar o Mundial universitário pelo Japão. Se viesse, teria que deixar o time que treina para a Olimpíada de Pequim. Então falei a ela que estava certa de abrir mão do Pan e tentar ficar entre as 17 da seleção olímpica japonesa", explica o dirigente.
Mas a família Someya terá sua representante nos Jogos cariocas. A irmã de Cecília, Miriam, que é arremessadora, chegará ao país às vésperas do início do torneio.
Além dela, Elaine Simon também deverá reforçar a seleção brasileira, vinda do Japão. Sua chegada ao Brasil está prevista para 17 de julho -seis dias antes do início da disputa do softbol e quatro depois do início dos Jogos.
As atletas se beneficiaram de um convênio com colégios japoneses articulado com a confederação e cruzaram o mundo para estudar e jogar softbol, trajetória que outras jogadoras do time brasileiro já pensam em seguir.
É o caso da arremessadora Laila Kaori Kosaka, 19. "Antes, eu não pensava em ir [jogar no Japão]. Agora, considero um caminho. Lá, o softbol é muito valorizado." (LF)


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