São Paulo, sexta, 27 de junho de 1997.



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JUCA KFOURI
Protesto geral

Leitores não param de sugerir formas de protestar contra a escandalosa decisão da Casa Bandida do Futebol.
A maioria propõe simplesmente que o torcedor deixe de ir aos estádios.
Outros, talvez um pouco mais realistas, opinam que pelo menos nos jogos do Fluminense e do Bragantino como visitantes os torcedores locais não compareçam.
Há os que sonham em ver a torcida vestindo preto nas arquibancadas.
Não são poucos, também, os que pedem o silêncio da imprensa em relação ao Campeonato Brasileiro, como se ignorar a competição fosse o melhor castigo, esquecidos, certamente, de que ao jornalista cabe estar onde a informação estiver.
É impressionante o número de pessoas que dizem estar torcendo contra a seleção brasileira, confusão perigosa entre o significado da camisa amarela e a atuação nefasta de Rico Terra, arrogante e perfeitamente representada pelo técnico Zagallo.
Num estilo americano, muitos querem saber como boicotar os negócios dos cartolas envolvidos com a imoral decisão, propondo, por exemplo, que as choperias El Turf e Grill One, de Rico Terra, fiquem às moscas.
Não são poucos, ainda, os que querem o endereço da Casa Bandida do Futebol para protestar por escrito ou por telefone.
Lembrando que os funcionários da CBF não têm nada a ver com o chefe da casa, cujo nome completo é Ricardo Terra Teixeira, porque são apenas trabalhadores e como tais merecem ser tratados, eis aí todos os meios para você se comunicar: rua da Alfândega, 70, Caixa Postal 1078, CEP 20070, Rio de Janeiro.
O telefone é (021) 509-5937. O da presidência, (021) 222-9340. O e-mail é cbftetra@nutecnet.com.br, e o número do fax, (021) 252-9294.

Meu querido amigo Jô Soares foi traído pela memória no programa de quarta-feira. Disse que foi Zagallo quem pôs Pelé e Tostão juntos em 1970, esquecido de que nas eliminatórias para a Copa do México, em 1969, João Saldanha os escalou, e Tostão foi o artilheiro daquela fase.
Zagallo, no máximo, repôs, e assim mesmo depois que o país inteiro gritou.

E o paraguaio Epifanio González, hein? Meteu "las manos" no México.
Quem será o Ivens Mendes da Confederação Sul-Americana de Futebol?



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