DA REPORTAGEM LOCAL

Maybyner Rodney Hilário, o Nenê, quebrou uma sequência de 11 anos sem brasileiros na liga americana de basquete ao se tornar o sétimo atleta selecionado na edição deste ano do draft da NBA.
O atleta foi selecionado pelo NY Knicks e envolvido em uma troca com o Denver, seu novo time.
""Acho que Deus preparou a melhor equipe para mim", disse Nenê, durante teleconferência da qual a Folha participou logo após a confirmação da troca. ""Amanhã [hoje" viajo para Denver. Estou pensando em ir ao Brasil depois."
O ala-pivô, de 19 anos, 2,11 m e 118 kg, compôs a mesa principal da cerimônia que aconteceu no teatro do Madison Square Garden, em Nova York, nos EUA.
Quando seu nome foi anunciado como o selecionado pelo time nova-iorquino, surgiram vaias de parte da platéia, que gritou: ""Queremos [outro jogador que participou do draft, Caron" Butler, demitam [o presidente do New York Knicks, Scott" Layden".
O Denver deve ter problemas legais, pois o Vasco encaminhou ofício à Confederação Brasileira de Basquete para evitar que o pivô, que viajou em março para os EUA, possa jogar por outro time. Nenê tem contrato com o clube carioca até 2003. A documentação já foi enviada à Fiba (Federação Internacional de Basquete).
Além de Nenê, Jefferson e Guilherme integravam a lista de brasileiros pleiteantes a vagas. Nenhum dos dois foi selecionado.
O último brasileiro a jogar na liga norte-americana foi o ala-pivô Pipoka, 38, que na temporada de 1991/ 1992 registrou dois pontos e duas assistências para o Dallas.
Antes, o pivô Rolando Ferreira disputou 12 partidas pelo Portland, na edição de 1988/1989.
O draft é uma espécie de vestibular feito anualmente, cuja função é renovar os 29 times da liga.
Ele é orientado de modo a premiar as equipes mais fracas, contribuindo, ao menos na teoria, para o equilíbrio do campeonato.
Têm o direito de escolher em primeiro lugar os 13 times que não se classificaram para os playoffs do campeonato anterior. As equipes que se classificaram para os playoffs vêm na sequência.