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Para Brasil, Gana é dor e glória
Africanos tiveram vários encontros com a seleção brasileira, em categorias menores e Olimpíada
Juan, Adriano e Kaká têm memórias nada agradáveis do rival de hoje, mas Dida, Roberto Carlos, Ronaldo e Ronaldinho se deram bem
DOS ENVIADOS A BERGISCH GLADBACH
Carlos Alberto Parreira trabalhou em Gana no fim dos
anos 60, quando o futebol africano ainda engatinhava. Faz
tempo. Assim, quem melhor
pode falar sobre o rival brasileiro de hoje são os próprios jogadores da equipe nacional.
Dos 11 titulares que o treinador deve mandar a campo, nada
menos do que sete fizeram jogos decisivos contra os ganenses em competições sub-17,
sub-20 e olímpicas.
São várias histórias de sucesso. Mas também de decepções.
Como as vividas por Juan,
Adriano e Kaká. O primeiro numa situação dramática. Na final
do Mundial sub-17 de 1995, no
Equador, ele até marcou um
gol, mas viu o rival levar a melhor e vencer por 3 a 2.
O zagueiro insinua que o time africano tinha jogadores
mais velhos do que o regulamento permitia (prática também realizada pelo Brasil). E
não esconde seu ressentimento
com aquela derrota. "Quem sabe este jogo de agora sirva como revanche", afirma.
Um dos rivais de Juan há 11
anos é hoje, ainda mais com a
ausência do suspenso Essien, a
grande estrela ganense: o meia
Appiah. "Ele é muito bom", reconhece o zagueiro.
A experiência negativa contra Gana de Adriano e Kaká é
mais recente. Em 2001, no
Mundial sub-20 da Argentina,
eles foram eliminados pelo time africano nas quartas.
"Nós perdemos por 2 a 1, no
gol de ouro. Não tenho uma boa
memória contra Gana", lembra
Kaká sobre o jogo em que
Adriano fez o gol brasileiro.
O anotador do gol decisivo de
Gana naquele dia, o zagueiro
Mensah, é titular do seu país no
Mundial da Alemanha.
Mas também são muitas as
histórias de sucesso de brasileiros contra Gana.
A começar pela experiência
mais antiga. Em 1993, no Mundial sub-20 da Austrália, Dida
era o goleiro titular do Brasil
que venceu o time africano por
2 a 1 na decisão. "Eles jogam coletivamente. Pegam a bola e fazem com que ela chegue rápido
na frente. É um perigo."
Em um ambiente já com profissionais, o Brasil também se
deu bem contra Gana, e nesse
caso Ronaldo e Roberto Carlos
ajudaram o time olímpico nacional a vencer os ganenses na
Olimpíada de Atlanta-96 -logo
depois perderam para outra seleção africana, a Nigéria.
Ronaldinho viveu quase toda
a sua adolescência nas categorias de base na seleção. E teve o
seu apogeu justamente contra
Gana, na final do Mundial sub-17 do Egito. A vitória foi brasileira, por 2 a 1, em 1999.
(EDUARDO ARRUDA, PAULO COBOS, RICARDO
PERRONE E SÉRGIO RANGEL)
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