São Paulo, quarta-feira, 27 de junho de 2007

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Defesa "imita" ataque e expõe o frágil Palmeiras

Setor sofre 12 gols em 7 rodadas e atinge 3ª pior marca do século em Brasileiros

Caio Jr. testa cinco opções diferentes na zaga, que, com lesões e perda de atletas titulares, tem crise parelha à da linha de frente da equipe


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ataque, que tira o sono do técnico Caio Júnior, também desvia outro foco problemático de um Palmeiras em crise. Com 12 gols sofridos em sete rodadas do Brasileiro (média de 1,71 gol por partida), a zaga da equipe faz a terceira pior campanha do clube no século, incluindo a Série B de 2003.
Apenas o time de 2002 -ano do descenso à Segundona- e o de 2006 foram mais vazados pelos times adversários. O primeiro, a essa altura do campeonato, sofrera 14 tentos. No ano passado, a pífia campanha (uma vitória, um empate e cinco derrotas) ficou clara na quantidade de gols levados: 19.
Agora, a equipe não foi vazada somente no empate sem gols diante do São Paulo. Não que o ataque não seja, de fato, um transtorno. Com quatro titulares no departamento médico -incluindo Edmundo, que dificilmente terá condições de enfrentar o Corinthians no sábado- e um que pediu a conta (Florentín), Caio Júnior tem apostado em atletas do time B para preencher as vagas. E até agora o time fez só nove gols.
Rodrigão, que estava no futebol árabe e é o novo reforço, deverá estrear somente diante do Náutico, no próximo dia 7. Para piorar, o que tem dado errado na frente se repete lá atrás. Com Dininho lesionado -deve voltar no clássico- e David convocado para a seleção brasileira sub-20, o treinador precisou escalar cinco formações diferentes na defesa.
Dos que estrearam no campeonato, na vitória por 4 a 2 sobre o Flamengo, por exemplo, nenhum dos quatro homens do setor defensivo palmeirense esteve em campo na última partida (derrota por 2 a 0 para o Atlético-PR, no domingo).
Fora a dupla de zaga David e Dininho, Wendel, até então improvisado na ala direita, deu lugar a Paulo Sérgio -atleta que mais jogou até aqui junto com o companheiro do lado oposto do campo, Leandro (seis vezes), que perdeu a vaga para Valmir.


Colaborou EDUARDO OHATA, da Reportagem Local


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