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Mosley diz que times já traíram trato de paz
Montezemolo acusa golpe e
pede fim do debate na F-1
DA REPORTAGEM LOCAL
A paz na F-1 durou pouco.
Dois dias após o acordo selado
em Paris, que enterrou a ameaça de uma categoria paralela,
Max Mosley disparou contra a
associação das escuderias e seu
líder, Luca di Montezemolo.
Segundo o presidente da FIA,
entidade máxima do automobilismo, a Fota rasgou o acordo
quando deu a entender que o
havia derrubado do cargo.
Mosley também ficou irritado com declarações de membros da Fota pedindo um nome
"independente" para concorrer
à sua vaga, em outubro.
"É lamentável constatar que
Montezemolo não cumpriu sua
parte no trato que fechamos na
quarta-feira. Foi uma decisão
minha não concorrer às próximas eleições da FIA. Preciso de
férias após os últimos 12 meses,
tão turbulentos. Preciso começar a levar uma existência mais
prazerosa", disse, numa carta
enviada aos integrantes do
Conselho Mundial da FIA.
"Chegamos, então, a um
acordo que era bom tanto para
mim como para toda a F-1. Mas
a Fota, de maneira falsa, clamou que me tirou do cargo e
que impôs suas exigências à
FIA. Isso é intolerável."
Na carta, Mosley ainda fez
um alerta à Fota. "Os clubes
que são membros da FIA já deixaram claro que não vão se curvar aos desejos da indústria."
São os clubes -122 deles, de
todas as partes do mundo- que
compõem o Senado da FIA, órgão responsável por eleger o
presidente da entidade. As
equipes da F-1 não votam.
Montezemolo acusou o golpe. Assim que a carta de Mosley
vazou em sites especializados,
usou também a internet para
pedir o fim da "guerra de palavras" nos bastidores.
"Os torcedores já não aguentam mais tantas polêmicas: comunicados à imprensa, regras
obscuras, regras que mudam a
cada seis meses... Precisamos
de estabilidade. Precisamos de
paz. Precisamos de transparência. Amamos a F-1 e vamos parar, já, com esse debate", declarou, ao site oficial da Ferrari.
Na equipe que comanda, um
dos pontos do acordo de quarta-feira já começa a fazer efeito.
Com a decisão de manter em
2010 a essência do regulamento de 2009, a escuderia vai intensificar os trabalhos no carro
do ano que vem, deixando de lado o projeto fracassado desta
temporada -a Ferrari é a quarta no Mundial de Construtores.
"Sem testar, é impossível
melhorar a performance do
carro atual", justificou.
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