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Gana elimina EUA, e África vive
País ganha na prorrogação e, na história, é o 3º do continente a figurar entre os 8 melhores
Estados Unidos 1
Donovan, aos 17min do 2º tempo
Gana 2
Boateng, aos 5min do 1º tempo, e
Gyan, aos 3min do 1º tempo da
prorrogação
Rick Bowmer/Associated Press
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Norte-americanos lamentam o gol de
Gyan, que festeja
FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A RUSTENBURGO
Gana tornou-se ontem o
terceiro país africano a chegar às quartas de final de
uma Copa, igualando Camarões (1990) e Senegal (2002).
Foi necessária a primeira
prorrogação do Mundial para
sacramentar a vitória de 2 a 1
sobre os EUA, que ameaçaram demonstrar mais uma
vez seu incrível poder de reação no Mundial sul-africano.
Gana agora pegará o Uruguai, na sexta, para tentar
avançar ainda mais e definitivamente fazer história.
"Foi um jogo difícil, tivemos que lutar até o último segundo. Estávamos muito
cansados, porque jogamos a
última partida na quarta-feira", disse o atacante Ayew.
Foi o melhor jogo do time
africano, último representante do continente, até agora. Gana dominou o primeiro
tempo, com Ayew armando
as jogadas, sobretudo pelo
lado esquerdo, para finalizações de Prince Boateng.
Numa delas, logo aos
5min, aproveitando uma bola perdida pelos EUA no
meio-campo, Boateng arrancou pela esquerda, limpou
dois marcadores e chutou no
canto direito do goleiro Howard para fazer 1 a 0.
Mesmo na frente, os ganenses não perderam a iniciativa. Com o adversário
acuado e sem domínio do
meio-campo, conseguiam tocar a bola e criar chances.
Aos 11min, Boateng novamente chutou, por cima do
travessão. Aos 36min, em
boa jogada de Gyan pela esquerda, Howard salvou.
A melhor chance dos EUA
na primeira etapa veio num
chute de Findley que o goleiro Kingson tirou com o pé.
No segundo tempo, a entrada do meio-campista Feil-
haber deu mais qualidade ao
ataque americano, liberando
Altidore e Donovan para serem mais ofensivos.
Aos 17min, Mensah fez pênalti em Dempsey. Donovan
cobrou e igualou o placar.
Os EUA, mais à vontade no
jogo, passaram a buscar a vitória de maneira mais clara
que o adversário, obrigando
Kingson a fazer defesas difíceis. O desempate quase veio
aos 36min em um chute rasteiro de Altidore que passou
rente à trave ganense.
Veio a prorrogação, e o famoso preparo físico norte-
-americano falhou. Cansado,
o zagueiro Bocanegra perdeu
na corrida de Gyan, que matou no peito um lançamento
em profundidade e novamente pôs Gana na frente.
No final do jogo, os EUA fizeram pressão, que incluiu
até o goleiro Howard, momentaneamente convertido
em atacante. Não adiantou.
Como ao final da dramática classificação dos EUA contra a Argélia, o fim do jogo foi
comemorado com um montinho de jogadores extasiados.
Desta vez, eram de Gana.
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