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Morumbi fora da Copa é bom, diz Fifa
"Há um momento em que é preciso parar de brincar", afirma secretário-geral a respeito do Mundial de 2014
DE JOHANNESBURGO
Em sua primeira declaração pública desde a exclusão
do estádio do Morumbi da
Copa do Mundo de 2014, a
Fifa não poderia demonstrar
uma felicidade maior.
"É uma boa notícia que o
Morumbi esteja fora. Há um
momento em que é preciso
parar de brincar", declarou o
secretário-geral da entidade,
Jérôme Valcke, numa entrevista para marcar a metade
do atual Mundial-2010.
Ele assegurou que a cidade de São Paulo estará na Copa, mas fez uma ameaça velada. "Para jogar em São
Paulo, precisamos de um estádio. Essa não é a Copa de
futebol de rua", afirmou. Ou
seja, é preciso uma definição
rápida sobre o estádio.
Valcke não revelou qual é
seu projeto de preferência.
Disse apenas que se reunirá
"em breve" com o presidente
da CBF, Ricardo Teixeira, para tratar do assunto. A opção
mais provável é a construção
de um novo estádio em Pirituba (bairro da zona norte).
Valcke falou bastante do
Brasil ontem. Ele inclusive
deu uma canelada no técnico
da seleção brasileira.
"Não sou um jogador de
futebol e não quero irritar
Dunga ainda mais", declarou, no meio de uma resposta
sobre um assunto desconexo, o desempenho da Itália.
Depois, instado a explicar
a referência, Valcke afirmou
que era uma "piada interna",
sem referência aos recentes
conflitos do treinador com a
imprensa brasileira.
"Quando eu disse algo sobre a bola, ele afirmou que eu
nunca havia jogado futebol e
que não poderia falar sobre
isso. É uma coisa entre nós
dois", afirmou Valcke.
Também declarou que é
provável que no Mundial
brasileiro seja colocado em
prática um novo modelo de
arbitragem, com mais dois
assistentes para o juiz. Mas
novamente descartou o uso
de vídeo para evitar erros.
Ao fazer uma avaliação do
Mundial até o momento,
Valcke declarou que a organização está "perto da perfeição". Ele admitiu, entretanto, problemas na abertura
desta Copa. "Tivemos um começo difícil. Houve problemas de trânsito, em razão da
falta de coordenação entre
diversos órgãos", definiu.
Sobre o fato de alguns assentos nos estádios permanecerem vazios, disse que é
"normal" e aconteceu também na Alemanha, em 2006,
segundo ele.
(FÁBIO ZANINI)
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