São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

número 1

São Paulo vence, e Rogério faz história

Contra Chivas, no México, goleiro faz de pênalti, iguala Chilavert, e time joga por empate para ir à final da Libertadores

Marcos Delgado/Efe
O goleiro e capitão são-paulino Rogério, que marcou de pênalti no estádio Jalisco o 62º gol de sua carreira, igualando o paraguaio Chilavert, comemora com Lugano


O São Paulo foi ao México com o sentimento de vingança na ponta das chuteiras. E escolheu seu principal jogador para deixar o campo como o herói do 1 a 0 sobre o Chivas, no jogo que abriu corrida por uma das vagas para a final da Libertadores-06.
Com o gol de ontem, Rogério Ceni igualou um feito que só Chilavert conseguira: o de ter 62 gols no seu currículo. Foram 40 de falta e 22 de pênalti.
O time, que tinha na estratégia eternizada por Telê de empatar ou perder de pouco fora para decidir em casa, venceu seu primeiro jogo de mata-mata como visitante nesta edição do torneio e agora tem a missão facilitada na partida de volta, na próxima quarta-feira.
O São Paulo joga por um empate para ir à decisão. O Chivas, que havia derrotado o time brasileiro nos dois confrontos da primeira fase, vai necessitar de um triunfo por dois gols de vantagem no Morumbi para eliminar os atuais campeões.
Antes do jogo decisivo, porém, o São Paulo tem um clássico pela frente no domingo: o adversário é o Santos, de Vanderlei Luxemburgo. Para essa partida, pelo Brasileiro, Muricy Ramalho deve escalar reservas.
No jogo, a promessa feita ainda no Brasil de se impor foi cumprida. Com seis minutos de jogo, o goleiro Sanchez teve de se atirar no chão para fazer duas difíceis intervenções em chutes de Leandro e Danilo.
Mais incisivos nas jogadas de linha de fundo, os brasileiros também arriscaram mais cruzamentos: 16, contra apenas cinco do time mexicano.
Foi num lance assim que o São Paulo fez um gol, com Ricardo Oliveira, aos 19min. O lance foi anulado porque o atacante tocou o braço na bola.
Na volta do intervalo, o Chivas se mostrou disposto a abrir o placar: pôs três na frente e começou a incomodar o São Paulo. Vendo o time perder terreno, Muricy sacou Ricardo Oliveira, colocou Aloísio, mas a equipe não recuperou o domínio da posse de bola no meio.
A defesa passou a bater cabeça, e o Chivas quase marcou após um cruzamento da direita. Bautista cabeceou fraco.
De dono da partida no início, os são-paulinos se viam acuados. Aos 29min, a equipe da casa acertou o travessão de Rogério, que estava batido no lance.
Em nova tentativa de reaver o controle do jogo, Muricy colocou Lenílson e sacou Leandro.
A bola do jogo, porém, só veio no final. Aloísio foi derrubado na área: pênalti. Com a competência de sempre, Rogério bateu firme no canto, aos 39min, deu a vitória ao São Paulo e saiu de campo herói e recordista.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.