Competições de kitesurfe e snowkite agitam de norte a sul e revelam que são muito populares no nosso país

DIFERENTES velas e terrenos e vento soprando a favor em diferentes esportes de propulsão eólica. Ventos fortes e constantes no Norte e Nordeste do país tornam a região destino premium para os turistas dos esportes a vela.
O clima, o custo e a aventura de explorar paisagens desconhecidas completam o pacote. Não à toa o tour mundial de kitesurfe termina por lá, e o circuito nacional do esporte terá três das quatro etapas previstas para este ano na região.
O kitesurfe foi inventado por franceses na década de 70, mas foi a partir da adesão dos windsurfistas de Hookipa (Havaí), muito especialmente de Robby Naish, nos anos 90, que o esporte decolou. Decolar, é um termo bastante adequado para o esporte, pois muitos praticantes preferem dizer que vão voar a velejar, dado o tempo em que ficam no ar.
A etapa de abertura da 4ª edição do Oi Kitesurf começa hoje em Porto de Galinhas (PE) e ocorrerá nas categorias open, ou freestyle, wave, praticada nas ondas e que tem atraído novos praticantes, e ainda é possível que haja uma regata.
A tetracampeã brasileira Carol Freitas e o tri Guilherme Brandão começam a temporada como favoritos, mas seus colegas de equipe, Alexandra Amim, Victor Adamo e Reno Romeu, este de 16 anos, prometem animar a prova. As próximas etapas serão em Fortaleza (CE), no Delta do Parnaíba (PI) e, fechando o circuito no início de novembro, no Rio.
Do extremo norte para o extremo sul, da água para a neve. Inventado há dez anos, na França, o snowkite está entre os esportes com vela que mais crescem. Por aqui, a estimativa é que existam 10 mil praticantes. O primeiro torneio nacional será de 21 a 23 de agosto, em Corralco (Chile).
A disputa será no plano com provas de slalom, boardercross e freestyle. O 1º Brasileiro de snowkite espera cerca de 15 brasileiros, além de chilenos, argentinos e americano.
Voltando para a água, Kauli Seadi segue fazendo nome no Circuito Mundial de windsurfe. Catarinense de Florianópolis, Kauli começou a competir há dez anos e hoje, aos 22, defende o título mundial da PWA categoria wave, conquistado em Sylt, Alemanha, no ano passado.
Filho de um professor de tênis, ele passou boa parte da infância nas quadras, mas logo sacou que seu jogo era no mar. Aos 12 anos, foi vice-campeão sul-americano júnior. Aos 15, já era tricampeão brasileiro júnior. Aos 18, vencia uma importante etapa do PWA nas Ilhas Canárias e, aos 20, batia Robby Naish, lenda viva do esporte, numa prova indoor na França; momento marcante, pois, além de fã do rival, Naish é também seu patrocinador. Atual vice-líder do ranking, ontem ele iniciou a disputa da etapa de Sotavento, Canárias, na qual pode voltar ao topo do ranking. Essas e outras histórias de um dos maiores ídolos do esporte na atualidade estarão no documentário "The Little House - A Casinha", que Kauli prepara para lançar em breve.

WCT - ÁFRICA DO SUL
Mick Fanning venceu e Taj Burrow ficou em segundo no Billabong Pro, sexta etapa do Mundial de surfe. Kelly Slater ficou em terceiro e segue folgado no topo do ranking. Peterson Rosa e Adriano de Souza ficaram em quinto.

BADWATER
A 20ª edição da corrida começou na segunda em Death Valley (EUA), 85 m abaixo do nível do mar, e terminou ontem no monte Whitney, a 2.533 m. A prova tem 217 km de percurso e variações de cerca 50C de temperatura. Manoel Mendes representou o Brasil.

TRIATLO CROSS COUNTRY
O Nissan XTerra acontece neste final de semana na Ilhabela (SP), com cerca de 600 atletas disputando 1,5 km de natação, 29 km de mountain bike e 9 km de corrida em terreno misto.